James Cameron recordou as batalhas que teve nos bastidores com os executivos do estúdio 20th Century Fox por causa de "Avatar".

Apesar de ser um dos realizadores que mais dinheiro deu a ganhar a Hollywood com filmes como "Exterminador Implacável 2", "A Verdade da Mentira" e "Titanic", o cineasta teve de rejeitar as notas do estúdio que lhe foram passadas para que o filme fosse mais curto e cortar algumas das cenas de voo, puxando dos galões de ter feito o filme mais rentável na história do cinema (sem contar com a inflação).

"Acho que senti, na época, que nos confrontámos por causa de certas coisas. Por exemplo, o estúdio achou que o filme deveria ser mais curto e que havia demasiados voos nos ikran — o que os humanos chamam aos banshees [os animais alados nativos de Pandora]", recordou numa nova entrevista ao jornal The New York Times em antecipação ao regresso do filme de 2009 esta semana aos cinemas.

"Bem, acontece que foi o que o público mais adorou, em termos dos nossos inquéritos e recolha de dados", acrescentou.

James Cameron recordou esse como um momento em que teve de separar as águas e dizer, "Sabem que mais? Eu fiz o 'Titanic'. Este edifício onde nos estamos a encontrar neste momento, este novo complexo de 500 milhões de dólares no vosso estúdio? 'Titanic' pagou-o, portanto tenho o direito de fazer isto".

Entre 2009-2010, "Avatar" tornou-se o filme que mais dinheiro arrecadou nas bilheteiras, destronando precisamente "Titanic".

"E depois, agradeceram-me. Sinto que o meu trabalho é proteger o investimento deles, por vezes contra as suas próprias opiniões. Mas deste que proteja o investimento deles, tudo é perdoado", concluiu.

"Avatar" regressa aos cinemas em IMAX e 3D esta quinta-feira, antecipando a estreia da sequela "Avatar: O Caminho da Água" a 15 de dezembro.

TRAILER "AVATAR".