Ao contrário do que sucede na maioria das categorias, o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (mais correctamente de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, por ser condição de elegibilidade não ser falado em inglês) integra-se num regime de votação especial: em vez do vencedor ser votado por todos os membros da Academia, é votado apenas por aqueles membros que assistiram às projecções especiais de todos os filmes nomeados, característica que partilha com os galardões referentes às curtas-metragens e aos documentários.
O que quer dizer que os votantes viram efectivamente todos os filmes nomeados e que poderão não ser especialmente influenciados pela embalagem de vitória que cada filme tem atrás de si. O que também explica o facto de haver geralmente muitas surpresas na atribuição deste galardão, que incluem as derrotas de filmes dados como vitoriosos à partida,
«O Labirinto do Fauno» ou
«O Fabuloso Destino de Amélie». Por exemplo, o ano passado,
«O Laço Branco» e
«Um Profeta» partiam com larga vantagem de notoriedade internacional e o vencedor foi o até então desconhecido
«O Segredo dos Seus Olhos».
Este ano, o filme com maior reconhecimento é
«Biutiful» , de um cineasta reconhecido nos EUA,
Alejandro González Iñárritu, e que valeu a
Javier Bardem a nomeação ao Óscar de Melhor Actor. É o único filme comais de uma nomeação pelo que a estatueta é relativamente provável.
Por outro lado, o dinamarquês
«In a Better World» já conquistou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro pelo que acaba também por ser um dos favoritos à vitória. Mas nesta categoria, mais uma vez, tudo é possível, até porque todos eles andaram a correr os festivais internacionais:
«Fora da Lei» competiu à Palma de Ouro em Cannes, «Incendies» esteve em Veneza e Toronto, e
«Canino» ganhou mesmo o prémio Un Certain Regard em Cannes.
Os nomeados
«Biutiful» (México)
«In a Better World» (Dinamarca)
«Canino» (Grécia)
«Incendies» (Canadá)
«Fora da Lei» (Argélia)
E o vencedor é:
«In a Better World» (Dinamarca)
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