"The Raft" recupera a história de cinco homens e seis mulheres que, em 1973, arriscaram a travessia do Atlântico, numa jangada ("raft").
O júri da principal secção competitiva atribuiu ainda uma menção honrosa a "América", do norte-americano Erick Stoll, sobre o reencontro de três irmãos mexicanos com a avó de 93 anos, depois de décadas de vida nos Estados Unidos.
"Extinção", de Salomé Lamas, teve estreia no festival de cinema documental, da Dinamarca. O filme aborda a problemática das fronteiras na atual Rússia e o conflito que algumas destas regiões mantêm, sob o peso da história da antiga União Soviética.
O filme decorre na região da Transnístria, uma das mais pobres da Europa, e mostra um mosaico de elementos ficcionais e reais, revelando a "guerra surda" do regime de Vladimir Putin, na estratégia da "guerra sem guerra" e da "ocupação sem ocupação".
"Extinção" será mostrado, a partir de 20 de setembro, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC), em Lisboa, ficando em exibição até 25 de novembro.
O festival Dox destacou a força das expressões pessoais dos filmes em competição e o tom "sombrio e hipnótico do ensaio cinematográfico", da realizadora portuguesa.
Natural de Lisboa, Salomé Lamas nasceu em 1987 e estudou cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Praga e Amesterdão. É doutoranda em Arte Contemporânea na Universidade de Coimbra.
O seu trabalho já foi mostrado tanto em espaços dedicados à arte quanto em festivais de cinema, tais como Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim, Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, Museu Guggenheim Bilbao, MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e na galeria Tate Modern, em Londres, entre outros.
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