A decisão da Academia criar uma nova categoria para o "filme mais popular", ainda sem critérios conhecidos, tem sido muito criticada, embora também tenha alguns apoiantes: Mark Wahlberg, por exemplo, acha que já fez pelo menos dois que mereciam o prémio.

"Já podíamos ter dois": Mark Wahlberg apoia Óscar para filmes populares
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Agora, os criadores dos Golden Raspberry Awards, mais conhecidos por Razzies ou os "Óscares dos piores", fizeram um apelo ao " irmão mais velho, careca e respeitável": não desvalorizem os Óscares.

Numa carta-aberta à Academia, Mo Murphy e John Wilson dizem que ninguém leva os Razzies a sério, ao contrário do que acontece com os Óscares, e que "os Óscares rebaixarem-se para 'honrar' popularidade apenas para terem mais audiências não é conducente com a sua imagem de marca. Toda a gente depende do Óscar para apontar para as coisas boas que, de outra forma, poderiam não ser vistas."

Oa Razzies, acrescescentam, filtram "o entretenimento popular ( por vezes impopular)" e a sua função é um pretexto para os "desonrados" ficarem mais humildes e assumirem a responsabilidade pela falta de qualidade daquilo que fizeram.

"Portanto, uma dica para o nosso irmão mais velho e distinto: és a nossa inspiração, não nos falhes. Os Razzies co-dependem do Óscares. Se és desvalorizado... também nós somos", concluem.

Desde 1981 que os Razzies distinguem os piores filmes: nesta divertida tradição anual, os nomeados são revelados na véspera da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciar as suas próprias escolhas e os "vencedores" também conhecidos na véspera da grande cerimónia dos Óscares.

Estas passam muitas vezes por filmes de Sylvester Stallone, Kevin Costner, Madonna, Demi Moore, Sharon Stone, Adam Sandler ou Tyler Perry. A maioria das estrelas primou pela ausência, embora Halle Berry e Sandra Bullock sejam casos famosos que quebraram essa tradição.

Aqui, por enquanto, Mark Wahlberg só foi nomeado duas vezes e ainda não ganhou.