O CEO da Cinemark, o terceiro maior exibidor nos EUA (344 multiplexes e 4630 salas), acredita que pode demorar até quatro meses para os cinemas reabrirem completamente se recuar a pandemia da COVID-19, um processo que provavelmente poderá começar a 1 de julho.

Numa conferência para atualizar os analistas de Wall Street na quarta-feira (15), Mark Zoradi salientou que o regresso à normalidade dependerá dos limites impostos pelas autoridades, as horas de funcionamento reduzidas, o distanciamento social prolongado e o aumento da tranquilidade dos espectadores em relação a grandes eventos públicos.

Segundo o The Hollywood Reporter, outros responsáveis da Cinemark disseram que o plano da empresa passaria por usar junho para fazer regressar os funcionários e começar as sessões no final do mês para trazer os espetadores de regresso aos multiplexes e regressar lentamente à normalidade, graças à estreia de filmes como "Tenet", de Christopher Nolan, anunciado para 17 de julho, seguido por "Mulan" e "Mulher Maravilha 1984".

Mas o CEO da Cinemark acrescentou que estão a trabalhar em planos de contingência já que as autoridades estaduais e locais ainda não informaram que a reabertura em julho não era possível, mas também não confirmaram se esse prazo era viável.

Tenet

Em Portugal, onde a situação da pandemia está noutra fase, a situação dos cinemas fechados desde meados de março poderá alterar-se em breve.

No discurso que ontem (16) encerrou o debate sobre o pedido de autorização do Presidente da República para a prorrogação por mais 15 dias, até 2 de maio, do estado de emergência, o primeiro-ministro António Costa defendeu que serão necessárias normas específicas de segurança para que as atividades culturais arranquem no próximo mês.

"Devemos começar por aqueles locais com lotação fixa e lugares marcados de forma a permitir a reabertura com o distanciamento e afastamento social necessário", salientou, frisando que se poderá exigir a utilização de máscaras de proteção.

A programação dos cinemas no nosso país terá de ser com produções independentes e internacionais, já que foram adiadas as estreias de todos os grandes filmes americanos até "Tenet".

VEJA A SITUAÇÃO DOS GRANDES FILMES FORÇADOS A MUDAR DE DATA POR CAUSA DA PANDEMIA.