A Rússia não apresentará nenhum filme para a disputa dos Óscares, anunciou a Academia Russa de Cinema, num momento em que o país e os EUA enfrentam uma das piores crises da sua história devido à ofensiva russa na Ucrânia.

A Academia Russa informou num comunicado que não apresentará nenhuma candidatura para disputar a categoria de Melhor filme internacional na cerimónia de 2023.

O diretor do comité responsável por selecionar a longa-metragem russa, Pavel Chukhrai, denunciou que a decisão foi tomada "nas suas costas" e anunciou a sua demissão, seguindo de um segundo membro, Nikolaï Dostal.

Na segunda-feira, Nikita Mikhalkov, um dos cineastas de mais prestígio da Rússia e grande defensor do presidente Vladimir Putin, disse que seria inútil competir pela estatueta.

"Escolher um filme que representará a Rússia num país que agora nega a existência da Rússia é simplesmente inútil", declarou à agência TASS o realizador de "Sol Enganador", que ganhou em 1994 a estatueta dourada na categoria então conhecida por Melhor Filme Estrangeiro.

A última vez que a Rússia teve um filme na corrida foi em 2017, com "Loveless - Sem Amor", de Andrey Zvyagintsev, que ganhou o Prémio do Júri no Festival de Cannes.

A seguir, esteve na lista de finalistas que não chegaram à nomeação com "Violeta", de Kantemir Balagov (2019), vencedor de um prémio na secção Un Certain Regard em Cannes, e "Caros Camaradas", de Andrei Konchalovsky (2020), distinguido com o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza.

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