Os tempos de fazer filmes sombrios estão no passado, admitiu Ryan Gosling.
Apesar de ter sido "O Diário da Nossa Paixão" (2004) que o tornou mais conhecido do grande público, o ator norte-americano construiu uma carreira onde se destacam muitos papéis mais 'pesados': além de "Half Nelson - Encurralados" (2006), a sua primeira nomeação para os Óscares, destacam-se títulos como "O Crente" (2001), "Crimes Calculados" (2002), "Stay - Entre a Vida e a Morte" (2005), "Drive - Risco Duplo" (2011), "Força Anti-Crime" (2013) e "Só Deus Perdoa" (2013).
Outro foi "Como Um Trovão" (2012), onde conheceu Eva Mendes, a sua companheira. São pais de duas filhas.
"Realmente não aceito papéis que me vão colocar em algum tipo de lugar sombrio. Agora é a altura de tentar perceber como estão as coisas em casa e fazer o que será melhor para todos nós. As decisões que tomo, tomo-as com a Eva, e tendo em conta primeiro a nossa família”, assume numa entrevista ao The Wall Street Journal.
O ator de 43 anos acrescenta que "La La Land — Melodia de Amor", de 2016, ao lado de Emma Stone, foi o primeiro projeto que aceitou após ver as coisas de forma diferente: "Foi algo do género 'Ah, isto também vai ser giro para elas'".
Na entrevista, Gosling também repete que o desinteresse das filhas em Ken foi uma 'inspiração' para aceitar "Barbie" e que se tornou “muito mais consciente de tudo” que fez e fará na vida a partir do momento em que se tornou pai.
"Estou a tentar perceber o que elas são e estar ao seu lado como posso. Têm personalidades tão claras e distintas que está a tornar-se óbvio [...]. Só se quer fazer tudo o que elas merecem", explica.
Além da família, projetos que despertem a paixão e cheguem ao grande público são o foco da carreira, como o recente "Profissão: Perigo".
"Quero fazer coisas que sejam inclusivas e não para um público de apenas um. Durante muito tempo estava só a tentar sustentar-me e trabalhar. Só recentemente é que percebi que tenho a oportunidade de realmente fazer o tipo de filmes que me fizeram amar o cinema", resume.
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