A caminho dos
Óscares 2022
Vale a pena rever o momento na cerimónia de 1995 disponível no YouTube: quando Anna Paquin anuncia que Martin Landau ganha o Óscar de Melhor Ator Secundário por "Ed Wood", o nomeado Samuel L. Jackson por "Pulp Fiction" liberta a frustração com um perfeitamente percetível "me***".
"Devia ter ganho esse", voltou a dizer o ator numa entrevista ao The Times [acesso pago].
Mas a dívida não fica por aí: Samuel L. Jackson vai receber um Óscar honorário no 12.º Governors Awards, a 25 de março (dois dias antes dos Óscares), mas também acha que devia ter sido nomeado como secundário por "A Febre da Selva", de Spike Lee (1991).
Em vez disso, a Academia fez algo pouco vulgar: nomeou dois atores pelo mesmo filme, "Bugsy", Harvey Keitel e Ben Kinsgley.
"A minha esposa e eu fomos ver 'Bugsy'. Eles foram nomeados e eu não? Suponho que os negros geralmente ganham por fazerem me**** desprezíveis no ecrã. Como o Denzel [Washington] por ser um polícia horrível em 'Dia de Treino'. Todas as grandes coisas que ele fez em papéis inspiradores como 'Malcolm X'? Não, vamos dar a este filho da mãe. Portanto, talvez devesse ter ganho um. Mas os Óscares não movem a vírgula no cheque - trata-se de colocar traseiros nas cadeiras [dos cinemas] e fiz um bom trabalho nisso", destacou.
Jackson também não tem dúvidas que devia existir um prémio para o "filme mais popular" pois é "disso que se trata o negócio" e este ano devia ser entregue a "Homem-Aranha: Sem Volta a Casa" porque "fez o que os filmes fazem desde sempre: levou as pessoas à grande sala escura".
“Todos os filmes são válidos. Alguns vão ao cinema para se emocionar muito. Alguns gostam de super-heróis. Se alguém tem mais traseiros nas cadeiras, apenas significa que o seu público não é tão amplo. Há pessoas que tiveram carreiras de sucesso, mas ninguém consegue recitar uma linha dos seus papéis. Eu sou o tipo que diz me**** que são colocadas numa T-shirt", resumiu.
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