Foram revelados alguns segredos da preparação para a cerimónia, que incluíam dar mais destaque ao impacto de Tom Cruise em Hollywood e piadas mais duras sobre Will Smith.

A 95.ª cerimónia dos Óscares começou uma montagem dos filmes do ano passado que colocou o anfitrião Jimmy Kimmel num jato com Tom Cruise em "Top Gun: Maverick" antes de ser "lançado" de paraquedas no Dolby Theater, em Hollywood.

Mas a estrela de cinema e como "Top Gun: Maverick" ajudou a 'salvar' Hollywood e a indústria eram para ter um destaque muito mais central no monólogo inicial, que teve de ser bastante alterado.

"O Jimmy adora o Tom. O Tom tinha estado no programa ['The Jimmy Kimmel Show'] na semana anterior. E eles falaram sobre encontrarem-se e o Jimmy estava entusiasmado por lhe dizer que tínhamos conseguido pilotos a sério da Marinha para sobrevoarem os Óscares. O Jimmy ficou realmente desiludido por ele não ter vindo", admitiu à revista Variety Molly McNearney, a esposa de Kimmel e produtora de tudo o que o envolveu na maior noite de Hollywood.

Existem duas teorias a circular a explicar o que aconteceu: a imprensa tabloide diz que quis evitar dar de caras com a ex-esposa Nicole Kidman, mas outras notícias dizem que desistiu depois de saber que o realizador Judd Apatow - que tinha feito várias piadas à sua custa nos prémios do sindicato dos realizadores, - estava a dar uma ajuda ao monólogo.

A produtora desmente, dizendo que o seu marido apenas costuma enviar o que preparou a amigos em quem confia para ouvir a sua opinião sobre o que funciona ou não funciona.

Uma alteração de última hora foi a piada sobre o envolvimento de Cruise com a Igreja da Cientologia através de uma referência ao seu fundador L. Ron Hubbard, que não teria sido feita com ele presente: "Todos adoram 'Top Gun'. Todos. O Tom Cruise em tronco nu naquela cena do futebol de praia? L. Ron Hubba Hubba, percebem o que quero dizer?".

"Tínhamos cerca de três minutos do monólogo dedicado ao Tom Cruise, homenageando-o e ao seu papel na revitalização da indústria. Ficámos tão desiludidos quando soubemos alguns dias antes dos Óscares que ele não estaria lá. O Jimmy adora-o e queria realmente homenageá-lo", explicou a produtora.

Outra parte da comédia da cerimónia que passou por várias alterações foi a da bofetada de Will Smith.

"Não queríamos fazer deste ano tudo sobre o ano passado. Nem imaginam quantas piadas Will Smith tínhamos que acabámos por deixar cair", contou a produtora.

"Só passaram as melhores para aquela audiência. Sem dúvida que havia algumas que eram mais fortes, mas achámos que não nos cabia a nós fazê-las. Isso deve ser o Chris Rock, não nós", explicou McNearney.

A ideia que realmente gostaram e entrou foi a de "gozar com a reação ao que aconteceu no ano passado", realçando que "acho que ainda estamos um pouco chocados com a forma como aquilo aconteceu e como, depois de ver a violência, todos tiveram que passar por um discurso a aceitar um prémio".

No domingo à noite, Kimmel disse ao público de estrelas que "se alguém nesta sala cometer um ato de violência em qualquer momento durante o espetáculo, irá receber o Óscar de Melhor Ator e poderá fazer um discurso de 19 minutos".

O apresentador foi mais corrosivo a seguir: "Mas, falando a sério, a Academia tem pronta uma equipa de crise no local. Se algo imprevisível ou violento acontecer durante o espetáculo, façam o que fizeram no ano passado, nada. Sentem-se e e não façam absolutamente nada. Talvez até deem um abraço ao agressor".

Michael B. Jordan, Pedro Pascal, Michelle Yeoh, Steven Spielberg e Andrew Garfield também foram informados pouco tempo antes que seriam apresentados como parte da "equipa de segurança" do apresentador.

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