Há mais de 25 anos que Tom Hanks tem a reputação de ser uma das estrelas mais simpáticas de Hollywood.
No entanto, o ator admite que já teve um daqueles comportamentos de vedeta do género "Não sabem quem eu sou?". E foi logo num dos seus filmes mais importantes, a clássica comédia romântica "Sleepless in Seattle", que se chamou "Sintonia de Amor" em Portugal.
"Era um ator muito rabugento naquela altura", revelou no livro "I'll Have What She's Having", que junta várias histórias sobre a realizadora Nora Ephron, falecida em 2011, que dirigiu Tom Hanks e Meg Ryan nesse filme de 1993 e ainda em "Você Tem Uma Mensagem" (1998), de que o NY Daily News publicou excertos.
"Aparecia e dizia 'Porque é que o miúdo tem diálogos tão bons? Tinha feito filmes suficientes [na carreira] para ser arrasado por duas vezes e também achava que era uma grande estrela e 'a minha opinião tem de ser ouvida'", esclareceu.
Os dois filmes que foram arrasados são provavelmente com "Amigos e Detectives" (1989) e principalmente o muito ridicularizado "A Fogueira das Vaidades" (1990), de Brian De Palma, em que ele foi o principal alvo dos críticos.
Além disso, durante a rodagem de "Sintonia de Amor" ainda não tinha estreado "A Liga de Mulheres" (1992), que ajudou a voltar a colocar a sua carreira nos eixos, muito menos "Filadélfia" (1993), que lhe deu o primeiro de dois Óscares.
O miúdo que estava a complicar os nervos era o jovem Nathan Watt, que fazia do seu filho Jonah.
"O Tom estava a ficar doido e este miúdo continuava a repetir os seus diálogos nos bastidores enquanto ele estava a tentar fazer uma cena", recordou o produtor Gary Foster.
Watt acabou por ser despedido no primeiro fim de semana e foi substituído por Ross Malinger, apesar da realizadora Nora Ephron não gostar do seu "queixo de esquilo" e do pescoço "gordo". No entanto, a química com Hanks foi perfeita e ajudou muito a tornar "Sintonia de Amor" um grande sucesso e agora um clássico.
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