"Era Uma Vez em... Hollywood", o anunciado nono filme de Quentin Tarantino, que chega aos cinemas a 15 de agosto, também pode ser o último da sua carreira.

Apesar de ter vários projetos em andamento (incluindo uma versão de "Star Trek"), Tarantino sempre defendeu que os realizadores pioneiros de Hollywood que tanto admira não conseguiram evitar uma curva descendente na qualidade criativa dos seus últimos filmes e isso era algo que estava determinado a evitar.

A sua meta, esclareceu, era fazer apenas dez filmes e acabar em alta com um grande legado que começou com "Cães Danados" (1992) e "Pulp Fiction" (1994).

Numa entrevista à GQ Austrália, o realizador mostrou que continua a pensar o mesmo: "No que diz respeito a filmes para o grande ecrã, cheguei ao fim da linha. Vejo-me a escrever livros e a começar a a escrever peças, portanto continuarei a ser criativo. Apenas acho que dei tudo o que tinha aos filmes".

A seguir, Tarantino surpreendentemente admite que pode antecipar a reforma com o filme recebido de forma triunfal no Festival de Cannes que junta um elenco monumental liderado por Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie: "Se for realmente bem recebido, talvez não vá ao décimo. Talvez pare neste preciso momento! Talvez pare enquanto estou a ganhar. Veremos".

A entrevista inclui declarações de Brad Pitt, que reconhece que o realizador está mesmo a encarar muito a sério os planos para abandonar Hollywood: "E de certa forma disse-lhe abertamente que tinha pena disso, mas ele percebe a matemática de quando sente que os realizadores começam a deixar de estar ao seu nível. Mas ele tem outros planos e não vamos ter de nos despedir durante muito tempo".

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