Por várias razões, mas principalmente as de direitos de autor, existem poucos exemplos de "crossover" no cinema, isto é, a interseção de personagens, situações e universos distintas num único filme.
Aconteceu quando a Marvel juntou os super-heróis em "Os Vingadores" (2012) e noutros filmes, ou quando a DC Comics avançou com "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça" (2016). Antes, houve ainda "Freddy Contra Jason" (2003) ou "Alien vs Predador" (2004).
Mas talvez o "crossover" mais ambicioso de sempre que não se concretizou foi em "Homem-Aranha: No Universo Aranha", a irreverente e enérgica estreia do super-herói em animação para cinema que foi uma das grandes surpresas de 2018 e até ganhou o Óscar na categoria.
O filme tinha o afro-americano Miles Morales como protagonista e foi considerado uma revolução no contexto da produção animada norte-americana, mas os argumentistas e produtores Phil Lord e Chris Miller ainda queriam mais.
Questionados sobre o que tinha acontecido à anunciada participação de Tom Holland durante mais uma iniciativa com fãs durante a COVID-19, a conhecida dupla criativa ("Chovem Almôndegas", "Agentes Secundários/Universitários" e "O Filme Lego") contou nas redes sociais que o plano era mais "ambicioso" e passava por juntar numa sequência ainda o Spider-Ham (também conhecido por Peter Porker), Tobey Maguire (o primeiro Homem-Aranha na trilogia de 2002 a 2007) e Andrew Garfield (dos dois "O Fantástico Homem-Aranha" de 2012 e 2014)
A ideia não passou pelo crivo da Sony, que tem os direitos da personagem.
A justificação do estúdio? "Acharam que era 'demasiado cedo'", esclareceu Chris Miller.
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