Três filmes de coprodução portuguesa foram escolhidos para a competição oficial do festival francês Cinema du Réel, em março em Paris, que dará destaque ao cinema feito em África.

De acordo com a programação anunciada hoje, na competição francesa estão os filmes “Domy + Ailucha: Ket stuff”, do realizador português Ico Costa, e “Mangrove school (Skola di tarefe)”, de Filipa César e Sónia Vaz Borges.

“Domy + Ailucha: Ket stuff” é uma curta-metragem com coprodução portuguesa e foi feita por Ico Costa já durante a pandemia.

“Mangrove school (Skola di tarefe)”, que volta a juntar a realizadora Filipa César e a investigadora Sónia Vaz Borges, segue o rasto de antigas escolas apoiadas pelo movimento de apoio à independência em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

Mangrove school (Skola di tarefe)

Na competição internacional estará o filme “Mato seco em chamas”, produção assinada pelo realizador brasileiro Adirley Queirós e pela realizadora portuguesa Joana Pimenta.

Este filme luso-brsileiro, que teve estreia mundial esta semana no festival de cinema de Berlim, centra-se em três mulheres - Léa, Chitara e Andreia – em Ceilândia, na periferia de Brasília, e no negócio de venda de petróleo.

O Cinema du Réel terá uma programação especial dedicada ao documentário africano, dando protagonismo a várias figuras, entre as quais o artista angolano Antonio Ole e a realizadora francesa Sarah Maldoror, pioneira no cinema africano.

De Antonio Ole será exibido o filme “Carnaval da Vitória” (1978), sobre o primeiro Carnaval celebrado em Luanda e Benguela a seguir à declaração de independência.

De Sarah Maldoror passará “Sambizanga” (1972), obra central no percurso da realizadora, por ter sido a primeira longa-metragem rodada em África por uma mulher de ascendência africana e por registar o movimento de libertação de Angola.

O produtor e programador moçambicano Pedro Pimenta teve carta branca para programar no festival, tendo escolhido dois filmes: “Uma memória em três atos” (2016), do moçambicano Inadelso Cossa, e “Para lá dos meus passos”, produção angolana de Kamy Lara e Paula Agostinho, de 2019.

Pedro Pimenta, produtor e realizador, que começou o percurso profissional no Instituto Nacional de Cinema de Moçambique em 1977, fundou o festival Dockanema e dirige o Festival Internacional de Cinema de Durban.

O 44.º Festival Cinema du Réel decorrerá de 11 a 20 de março, em Paris.

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