Meryl Streep recebeu um prémio pela carreira, mas no seu discurso preferiu recordar a interpretação que mais a surpreendeu em 2016: a do presidente-eleito dos EUA. Em resposta, Donald Trump acusou a atriz de ser uma "fã da Hillary".

Na sua conta no Twitter, o magnata defendeu que Meryl Streep é uma das "atrizes mais sobrevalorizadas de Hollywood", acrescentando que  não estava surpreendido com as declarações vindas de "pessoas liberais do cinema".

No discurso, Meryl Streep recordou, por exemplo, o incidente que envolveu Trump e o jornalista do New York Times Serge Kovaleski, que tem artrogripose. Na conversa com o jornal, Donald Trump sublinhou que não "gozou com ninguém". "Estava a questionar um jornalista que ficou nervoso (...) As pessoas continuam a dizer que pretendia gozar com a incapacidade do repórter, como se Meryl Streep e outros pudessem a ler a minha mente", defendeu o presidente eleito dos Estados Unidos.

"Lembrem-se,  Meryl Streep apresentou Hillary Clinton na sua convenção e muitas dessas pessoas apoiaram Hillary", disse Trump, acrescentando que a cerimónia de tomada de posse vai contar com muitas celebridades do mundo do entretenimento. "Vamos ter uma participação inacreditável, talvez recorde, para a tomada de posse (...) Em Washington, todas as lojas de roupa estão esgotadas. É difícil encontrar um bom vestido", frisou.

A estrela, grande apoiante de Hillary Clinton durante a campanha presidencial, usou o seu tempo na cerimónia dos Globos de Ouro para defender Hollywood, os estrangeiros e a imprensa, alguns dos alvos preferidos do presidente-eleito. "Quem somos nós? E o que é Hollywood afinal? É só um grupo de pessoas de outros lugares", declarou, antes de enumerar a origem de muitos dos presentes nas salas.

"Onde estão as suas certidões de nascimento. Se os expulsarem a todos, não vão ter nada para ver excepto futebol e "Mixed Martial Arts" [MMA], que não são artes", reforçou.

Veja o discurso de Meryl Streep: