Henry "Hank" Deutschendorf, um dos "Bebé Oscar" no filme "Os Caça-Fantasmas II" em 1989, morreu a 14 de junho. A causa foi suicídio.
A notícia foi dada pelo irmão gémeo William, que também entrou no mesmo filme, num depoimento escrito de homenagem. Foi ele que o encontrou enforcado no seu apartamento em Escondido, na Califórnia.
Os dois irmãos entraram recentemente em "Cleanin' Up the Town: Remembering Ghostbusters", um documentário sobre o filme em que participaram e lhes garantiu um lugar na galeria das "estrelas infantis" dos anos 80.
A sua personagem era a obsessão do espírito de Vigo, o ditador do século XVI que era combatido pelos Caça-Fantasmas.
Foi a sua única experiência no cinema e Henry e William tornaram-se professores de artes marciais na Califórnia.
"Alguns conheciam-no como o Bebé Oscar em 'Os Caça-Fantasmas II' ou o sobrinho do [cantor 'country'] John Denver. Outros conheciam-no como um irmão, filho, artista de artes marciais, professor, tio ou amigo. O que as pessoas não sabiam sobre o Hank é que ele sofria de transtorno esquizoafetivo. É uma situação de saúde mental crónica que é uma combinação de doença bipolar e esquizofrenia. Ele tinha alucinações, delírios, depressão e obsessões. Era uma doença mental muito forte que normalmente requer tratamento para a vida", escreveu o irmão.
"Hank foi diagnosticado em agosto de 2008. Se conheciam Hank antes do seu diagnóstico, conheceram um jovem que era otimista, saudável, espirituoso, generoso, extrovertido e que estava sempre pronto para defender as pessoas. A medicação restringiu os delírios, mas não parou as vozes. Os efeitos secundários da medicação tiveram impacto no Hank. Ele sentia-se um 'zombie', perdeu a sua personalidade, ganhou rapidamente peso, dormia 12 horas por dia e tinha de usar toda a sua força de vontade só para levantar a sua mão para beber um copo de água", continua o depoimento.
William acrescentou que o irmão "lutou pela sua vida todos os dias" e "tentou tudo para aliviar os seus sintomas", conseguido tornar-se um atleta de excelência de artes marciais, mas "no fim, ele tinha 25 vozes, todas com diferentes personalidades e opiniões, mas a maioria concordando que não gostavam do Hank".
William Deutschendorf criou um fundo para doações a uma fundação não-lucrativa de investigação de saúde mental.
Will e Hank Deutschendorf na sua escola em San Diego.
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