Os amantes do cinema de acção «non stop» com perseguições e «stunts» absolutamente alucinantes têm encontro marcado com um dos mais explosivos filmes de 2015.

O gangue de guerreiros da estrada liderados por Dom (Vin Diesel) está de volta para lidar com os fantasmas do passado personificados por outra estrela do cinema de «acção», Jason Statham, no papel de Deckard Shaw, o irmão de Shaw (Luke Evans, vilão de «Velocidade Furiosa 6»).

A «vendetta» de Deckard inicia-se com a morte de Han (sequência que estava no final de «VF6») e avança a todo gás para os restantes elementos da equipa de Dom. Os valores da amizade, lealdade e família continuam a falar mais alto e o argumento é uma linha recta sem grandes desvios de percurso onde as presas se tornam os caçadores.

Desde «VF5» que os heróis estão na estratosfera e interpretam papéis dignos de super-heróis. A série de filmes adquire estatuto de «jet set» e viaja sobre cenários perfeitos onde os bólides queimam borracha a seu belo prazer, realizando «stunts» memoráveis, dentro e fora dos carros, no deserto ou na montanha, é melhor ver para crer. A narrativa também encerra um ciclo com o regresso da «família» a casa, às ruas de Los Angeles, local onde se iniciou «Velocidade Furiosa».

A produção introduz outros nomes de relevo nesta fórmula de sucesso, como o veterano Kurt Russell, a actriz/campeã de MMA Ronda Rousey, a revelação Nathalie Emmanuel (Missandei de «A Guerra dos Tronos») e a qualidade de um Djimon Hounsou.

Escusado será afirmar que aqueles que compram o ingresso para este espectáculo não esperam visionar um drama shakespeariano. «Velocidade Furiosa 7» é entretenimento puro e duro onde razão e plausibilidade morrem solteiras: a intenção é desligar o chip e deixar-se levar pela aventura no ecrã. Aliás, as sequências que estão uns furos abaixo do ritmo do filme são precisamente as cenas de lamechice na relação de Mia (Jordana Brewster) e Brian (Paul Walker) e Dom e a sua companheira amnésica Letty (Michelle Rodriguez), quando diálogos, filmagem e interpretações ficam algo forçadas.

O resto do filme tem o pé na tábua recheado com bons momentos de humor assinador por Tyrese Gibson (Roman) e Dwayne Johnson (Hobbs), que parece mais The Rock (o personagem de wrestling). E James Wan tem uma direção certinha ao nível de Justin Lin (realizador dos quatro últimos capítulos), com a excepção a residir na má aplicação de algumas nuances da sua graça que não resultam, como as câmaras a dar cambalhotas sem necessidade.

Uma nota final sobre a morte de Paul Walker: os produtores souberam efectuar um merecido tributo a um actor que será para sempre a imagem desta série e a realidade cruzou-se com a ficção para prestar uma justa homenagem com as palavras de Vin Diesel (que sai do papel) e as imagens icónicas de Paul Walker nesta série.

Estes heróis do grande público («Velocidade Furiosa» é o maior «franchising» de sempre do estúdio Universal) merecem ser vistos num ecrã gigante e nada melhor do que o IMAX para trazer a adrenalina à flor da pele: a imagem e o som são assombrosos, vale cada cêntimo do bilhete.

«Velocidade Furiosa 7» é o melhor e o mais equilibrado filme desta série ao fazer o pacto perfeito entre a génese da saga, sublinhado os códigos de honra, de heróis e vilões, e abraçando o cinema de super-heróis, com diversão, humor e uma overdose de acção. Lá se vai a nossa dieta de cinema «art-house»...

3 em 5
JORGE PINTO


REVISTA METROPOLIS

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