A autobiografia de Woody Allen, “A propósito de nada”, chega às livrarias portuguesas no dia 23 de julho, publicada pelas Edições 70, do grupo Almedina.
Neste livro de memórias “sincero e muitas vezes hilariante”, o realizador, escritor e ator Woody Allen “faz uma viagem pela sua vida tumultuosa”, com um “olhar abrangente e pessoal”, revela a editora.
A narrativa começa na infância, em Brooklyn, e aborda “episódios inéditos, como a sua passagem como escritor num programa de variedades, nos primórdios da televisão”.
Tendo trabalhado ao lado de grandes nomes da comédia, o autor fala das dificuldades que teve nos seus primeiros anos como ‘stand-up comedian’ e do seu percurso até se tornar reconhecido no meio artístico.
“Num tom hilariante, franco e criativo, Woody Allen relata a sua passagem para o cinema, com a produção de comédias, e revisita a sua profícua carreira de 60 anos como escritor, produtor e realizador”, segundo a editora.
Woody Allen assinou mais de 50 filmes, tendo protagonizado muitos deles, foi galardoado com vários prémios e a sua obra é matéria de estudo em todo o mundo.
Em “A propósito de nada”, o cineasta fala dos seus casamentos, romances e amizades famosas, da música Jazz - uma das suas grandes paixões -, dos seus livros e peças de teatro.
Por estas páginas passam também os seus demónios e erros, assim como os seus sucessos, os seus amores, as pessoas com quem se foi cruzando e com quem partilhou várias experiências.
Um dos temas da vida privada de Woody Allen que o cineasta aborda em "A propósito de nada" é a polémica história de um alegado abuso sexual praticado contra a filha, de que é acusado, mas que o realizador sempre negou e que nunca foi provado.
Em 2014, Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen e de Mia Farrow, acusou o pai de ter abusado sexualmente dela em 1992, quando tinha apenas sete anos, uma acusação que reiterou em 2018, mas que Woody Allen sempre desmentiu e que nunca foi comprovada pelas investigações que se fizeram ao caso.
Por causa desta acusação, a biografia de Woody Allen viu-se desde o início envolvida em polémica, pois as editoras norte-americanas recusaram-se a publicá-la.
Em março, o grupo editorial Hachette, detentor dos direitos de publicação e que tinha aceitado publicar "Apropos of Nothing" (título original), nos Estados Unidos, anunciou que afinal não o faria, depois de protestos de funcionários, devido às acusações de abuso sexual de que Woody Allen é alvo, por parte da própria filha, da ex-mulher Mia Farrow e do filho de ambos, Ronan Farrow.
Entretanto, a editora Arcade Publishing decidiu avançar com a publicação da autobiografia, e lançou-a no final daquele mês.
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