O concerto, cuja assistência foi composta, naturalmente, por casaismais ou menos apaixonados,teve início com o tematítulo do disco, cuja sonoridade, resultante da improvável, mas perfeita, junção entre a harpa, a bateria,o teclado e as batidaseletrónicas, é transversal a toda a obra de Active Child. Impossível não fechar os olhos, numa tentativa de quase levitação. A rendição era mútua, perante tamanha maturidade.
A certa altura, Patrick cumprimenta o público português: “How is everyone feeling on this Valentine's Day?”. A reposta fez-se ouvir de imediato, entre gritos, abraços e demais demonstrações de carinho.
Durante cerca de uma hora de espetáculo, Patrick Grossi deixa a harpa de lado e concentra-se, maioritariamente, no seu teclado. Em palco, é acompanhado pela bateria e pelo baixo, que ajudam à melancolia e ao sentimentalismo dos seus temas.
High Priestess faz-se ouvir a dada altura, com o Lux a estremecer perante o volume inusitado das colunas da sala.
Num concerto centrado nos temas de "You Are All I See", destacaram-se Shield & Swrod, Diamond Heart, See Through Eyes, Playing House, Way Too Faste Hanging On, com estes doisúltimos a receber o maior aplauso da noite, depois de cantados em uníssono porgrande parteda plateia. O EP de Curtis Lane também não deixou de marcar presença, com When Your Love is Safe.
"Thank you for showing some love, specially because it’s a day about love. Thank you for coming”, agradeceu, quando a atuação já se aproximava do final. "Our first album gave us the opportunity to travel around the world. Thank you for being here, it means a lot", continuou, rendido à receção do público português, antes de partir para Johnny Belinda, antes do encore, servido com o instrumental Ivy.
"Thank you, you are too kind", enalteceu, com voz coral, transcendente,minutos antes de se despedir. Por cá, ficamos a aguardar um retorno, com novas melodias, e, possivelmente, com uma audiência mais composta, mas igualmente enamorada.
Texto: Sara Bandeira Costa e Marta Perestrelo
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