No voto apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, recorda-se o percurso de Celeste Rodrigues, que nasceu no Fundão e se mudou para Lisboa, para o bairro de Alcântara, quando tinha cinco anos.
“Oriunda de uma família de músicos, a sua voz foi descoberta quando cantava, por brincadeira, na Adega Mesquita. Tendo como madrinha do fado a sua irmã, Amália, que lhe colocou o xaile preto nos ombros, estrear-se-ia, em 1945, no Café Casablanca (atual Teatro ABC), no Parque Mayer”, refere o voto.
Nos anos 50, Celeste Rodrigues gozava já de grande notoriedade. Integra o elenco de casas de fado como A Viela (de que foi proprietária), a Parreirinha de Alfama ou a Taverna do Embuçado.
Celeste Rodrigues levou o fado castiço a grandes palcos mundiais, como o Concertgebouw, em Amesterdão, o Carnegie Hall, em Nova York, ou o Cité de la Music, em Paris.
Em 2012, foi distinguida pelo Presidente da República com o grau de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.
“Celeste Rodrigues veio a falecer a 1 de agosto de 2018, aos 95 anos, sem que a Assembleia da República, na altura com os trabalhos interrompidos, pudesse manifestar o seu pesar. Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, saúda a comemoração do centenário do nascimento de Celeste Rodrigues, prestando homenagem a esta figura maior do fado”, justifica o voto.
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