A programação até final de maio inclui também espetáculos com Filipe Sambado e a banda Polo Norte, cujo vocalista Miguel Gameiro protagonizará igualmente demonstrações culinárias nessa sala do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a propósito da classificação da Feira como Cidade Criativa da UNESCO em Gastronomia.
No auditório haverá ainda atuações por artistas emergentes, circo, dança e performances deslocalizadas como as que levarão Da Guida à sede dos Sindicato dos Corticeiros do Norte, Ana Lua Caiano ao antigo hospital de Oleiros e Churky ao Museu Convento dos Loios.
Com um total de 33 propostas, esse cartaz é assegurado pela Câmara Municipal e, como explicou à agência Lusa o vereador da Cultura, visa garantir uma programação “próxima no acesso e nos conteúdos, próxima dos agentes culturais locais e ainda mais próxima das comunidades”.
Gil Ferreira disse que tema “preponderante e unificador” nesse cartaz é a liberdade, em referência à celebração em 2024 dos 50 anos do 25 de Abril, e anuncia a estreia de “Anónimos de Abril”, que juntará num “cancioneiro de intervenção” a Orquestra e Banda Sinfónica de Jovens do Concelho e os cantores Rogério Charraz e Joana Alegre, sob a direção artística do pianista Júlio Resende.
Do programa geral, o primeiro concerto é a 6 de janeiro com a fadista Carminho, que nele apresentará o seu sexto disco, e a 24 de fevereiro o palco passa aos Blind Zero, que, comemorando em 2024 os seus 30 anos de carreira, vão dar a ouvir o mais recente álbum, “Courage and Doom”.
Cláudia Pascoal, por sua vez, estará em cena a 23 de março, propondo um concerto em torno do registo que descreve como “’weird kitsch’”.
Das sete peças de teatro programadas, quatro são com atores locais: “Manycómico” é teatro de revista pelo grupo do Órfeão, “Da manjedoura à cruz” é uma produção da Décadas de Sonho para a Semana Santa; “O Pecado de João Agonia” é da associação ACAL; e “O último quadro” é do coletivo GEDE TV, com Carlos Cunha e Erika Mota como convidados.
As outras três peças, a cargo de profissionais, são “2h22 – Uma História de Fantasmas”, com Pedro Laginha, Joana Seixas, Ana Cloe e João Jesus; “Casa dos Pais”, pela companhia A Turma; e “Uma noite de solidão no capim”, pela Seiva Trupe.
“A menina do mar”, com que a Orquestra Sinfónicas de Jovens da Feira reinterpreta histórias de Sophia de Mello Breyner, é outro dos concertos anunciados, juntamente com “Alegria que Cria Raízes”, de música cristã pelo grupo local Gólgota, e o espetáculo circense “Memórias”, de Gérald Oliveira e Ricardo Morujo.
Já no universo da dança, a sala da Feira recebe “Simulacro” pelas bailarinas Margarida Montenÿ e Carminda Soares; o espetáculo “Timber”, que junta o centro coreográfico Instável e o grupo de percussão Drumming; e, de 24 a 26 de maio, no contexto do festival Imaginarius, a produção com cruzamento de circo e ilusionismo “Blu Infinito”, pela companhia italiana Evolution Dance Theater.
Noutras datas, o Cineteatro António Lamoso vai ainda receber grupos de cantadores de Janeiras e Reis, a Orquestra Criativa da Feira e um concerto de homenagem ao atleta local Orlando Oliveira (1993-2023), ex-jogador de andebol e treinador do Clube Desportivo Feirense.
A programação completa-se com mais sete “experiências em palco” por músicos e bandas nacionais: Silentide, designação do projeto dirigido pelo músico e produtor João Freitas; Máquina e Sunflowers, numa proposta com curadoria da associação organizadora do festival Basqueiral; Sambajazzy, inserido no programa itinerante OuTonalidades; Hause Plants, nomeados em 2023 para os Music Moves Europe Awards; Homem em Catarse, ‘alter ego’ do multi-instrumentista e compositor Afonso Dorido; Wolf Manhattan, nome artístico do compositor e produtor João Vieira; e Frankie “Tha Boy”, Vettel e Gabi Alpha, três músicos locais do universo hip-hop.
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