O festival, que irá decorrer entre 16 e 18 de fevereiro, decorre de um processo de seleção a que se apresentaram mais de 400 bandas, sendo selecionadas 12 para esta sexta edição, uma das quais portuguesa, a Hugo Carvalhais – Nebulosa. Com origem na Irlanda, esta mostra, que conta com apoios comunitários, realiza-se de dois em dois anos em Dublin, alternando com outros países europeus.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa «a diversidade de projetos é muita: alguns com raízes sólidas no jazz, outros mais rebeldes em fusões com a eletrónica, o rock e a música folk, sendo que alguns têm já contrato com grandes editoras e outros aguardam a edição de um CD de estreia».

Fernando de Sousa, programador da Casa da Música, admite que este é um «festival de valores emergentes», mas com um «nível de qualidade muito alto» devido à amplitude do processo de seleção. «É um festival que capta muito bem a dinâmica à volta da nova música jazz, que serve para lançar músicos para uma carreira internacional», afirmou ainda.

Presente neste festival vai estar pela primeira vez uma banda bósnia, Divanhana, trazendo a sonoridade evocativa da sevda, um estilo dramático de blues urbano que, segundo a Casa da Música, «está em casa entre os anfitriões amantes de fado».

Ao longo de quatro dias, as bandas irão atuar, em grupos de três, na sala 2 pelas 22 horas, pela seguinte ordem: a 16 de fevereiro Big Blue (Finlândia), Thought-Fox (Irlanda) e De Beren Gieren (Bélgica); a 17 de fevereiro Hugo Carvalhais -Nebulosa (Portugal), Livio Minafra (Itália) e World Service Project (Inglaterra); a 18 de fevereiro Maciej Obara Quartet (Polónia), Divanhana (Bósnia e Herzegovina) e Actuum (França); a 19 de fevereiro Schneeweiss und Rosenrot (Alemanha), Machine Birds (Noruega) e Girls in Airports (Dinamarca).

Susana Santos Silva, música de jazz do Porto que, com o seu Quinteto, participou na edição do «12 Points» do ano passado, em Dublin, assegura que este é «um festival que ajuda a criar contatos e que projeta as bandas que o integram». Aliás, tal como tem sido prática corrente, o festival trará até ao Porto promotores de concertos, organizadores e jornalistas do universo do jazz que virão ver algumas das novidade a apresentar.

Tentando capitalizar este momento de encontro, a Porta Jazz, associação de divulgação deste género musical, que Susana Santos Silva integra, «irá organizar jam sessions após cada concerto» que deverão contar com alguns músicos participantes e com bandas do Porto. O programa, ainda a anunciar, terá lugar no bar Labirintho.

O «12 Points» tem ainda um programa de mobilidade que todos os anos seleciona três bandas para percorrerem palcos europeus, a que se juntam outras três bandas da edição anterior. O projeto integra ainda um sítio na internet (http://www.12points.ie/) com uma rádio.

@Lusa