De certa forma, e mesmo sem o saberem, os Swans forampais dos Mão Morta.

Em entrevista ao SAPO, o vocalista da banda de Braga relembrou que um dos elementos do grupo nova-iorquino considerou que Joaquim Pinto "tinha cara de baixista" - esta opinião, partilhada em Berlim algures em 1984, serviu como incentivo para que Pinto se sentisse encorajado a aprender a tocar baixo e a integrar uma banda. E assim surgiam os Mão Morta:

O disco de estreia de uma das referências do underground nova-iorquino, "Filth" (1983), continua a ser um dos preferidos de Adolfo Luxúria Canibal. Mas neste fim-de-semana os Swans trazem a palcos nacionais o último, "My Father Will Guide Me Up a Rope To the Sky", editado no ano passado.

O novo registo deixa bem evidente a assinatura do grupo liderado por Michael Gira (que além de músico é também escritor e criador da Young God Records, editora de Devendra Banhart ou Lisa Germano). O álbum tanto investe em atmosferas negras, experimentais e próximas do noise - sobretudo quando se rende a guitarras distorcidas - como em momentos mais acústicos e menos atormentados, embora longe de luminosos - na linha de "Holy Money" (1986) e "Children of God" (1987), discos que amenizaram consideravelmente o som dos Swans.

Depois de um percurso interrompido em 1997, o 12º álbum de originais assinalou o regresso do grupo não só às edições, mas também aos concertos. Um ano depois dessa reunião, o público português vai poder (re)descobrir os Swans em palco.

Os Swans actuam a 9 de Abril na Aula Magna, em Lisboa (às 21h), e a 10 na Casa da Música, no Porto (às 21h30). Os bilhetes variam entre os 23 e os 30 euros, na primeira data, e têm o preço fixo de 25 euros, na segunda. A primeira parte dos espectáculos está a cargo da norte-americana Annie Lewandowsky, mais conhecida como powerdove.

@Gonçalo Sá

Swans - "Love of Life":