A criadora de “Amor Ladrão” propõe nestes espetáculos evidenciar “as inúmeras semelhanças que [o Fado] tem com a Morna”, refere a sua promotora em comunicado.

Cuca Roseta vai “homenagear os grandes intérpretes de sempre do Fado, como Amália Rodrigues ou Alfredo Marceneiro e, ao mesmo tempo, os grandes cantores cabo-verdianos entre os quais se destacam Cesária Évora, Maria Alice, Bana e muitos outros”.

A digressão cabo-verdiana “decorre em duas fases, a realizar entre outubro deste ano e abril do próximo”.

A digressão começa na próxima quinta-feira, 5 de outubro, no Tarrafal, na Ilha de Santiago. Ainda em outubro, Cuca Roseta vai atuar nas ilhas de Maio, Fogo, Brava e de Santo Antão; em abril do próximo ano, apresentar-se-á nas ilhas da Boa Vista, do Sal, de São Nicolau e de São Vicente.

Além de ser acompanhada por músicos locais em palco, Cuca Roseta contará também com os portugueses Sandro Costa, na guitarra portuguesa, e Francisco Sales, à viola. Os concertos têm sempre início às 21h00 locais.

Da Ilha de Santiago, Cuca Roseta segue para a de Maio, onde canta no dia 7, na Cidade do Porto Inglês. No dia 11, estará em S. Filipe na Ilha do Fogo.

No dia 13, Cuca Roseta está na Ilha Brava, atuando em Nova Sintra, e no dia 17, na Ribeira Grande, na Ilha de Santo Antão, encerrando a primeira parte da digressão por Cabo Verde.

A fadista regressará ao país em abril de 2024 para atuar no dia 4, na Ilha da Bela Vista, em Sal Rei, seguindo-se Santa Maria, na Ilha do Sal, no dia 6, Ribeira Nova, em São Nicolau, no dia 9 e, no dia 12 de abril, a cidade de Mindelo, na Ilha de S. Vicente.

Com uma “agenda muito preenchida”, em outubro, Cuca Roseta tem também espetáculos previstos em Angola e China e uma digressão em novembro pela América Latina, disse à agência Lusa fonte da sua promotora.

A criadora de “Tortura” (Florbela Espanca/Mário Pacheco) foi coralista da igreja de St.º António, no Estoril, fez parte da banda Toranja, com Tiago Bettencourt, que lhe deu em 2004 um Globo de Ouro Casas/SIC para a Melhor Canção, “Carta”. Depois de se desligar da banda, em 2005, passou a fazer parte do elenco do Clube de Fado, em Lisboa, dirigido pelo guitarrista e compositor Mário Pacheco.

Em 2007, fez parte do elenco do filme “Fados”, de Carlos Saura, ao lado de Chico Buarque, Miguel Poveda, Canané, Carlos do Carmo e Mariza, entre outros, tendo interpretado o “Novo Fado da Severa” (Júlio Dantas/Frederico de Freitas).

A fadista tem quatro álbuns, um deles integralmente dedicado a melodias natalícias, “Luz de Natal” (2018).

Em 2020, fez um álbum de tributo a Amália Rodrigues (1920-1998), "nome maior da música portuguesa", como afirmou à Lusa, e a quem reconhece influência no seu percurso.