Com África como pano de fundo para a colaboração, a dupla apresentou, na passada sexta-feira,os melhores momentos do álbum, partilhou temas das respectivas carreiras a solo e recordou alguns dos eternos hinos de Bob Marley.
Quando Nas e Damian se juntaram tinham um conceito em mente, vincado pela fusão de três factores: reggae, hip-hop e África. Tornaram assim “Distant Relatives” num dos melhores álbuns de 2010, levando os cantores a uma digressão mundial.
"Basicamente o que fizemos foi construir coisas comuns entre os nossos povos, as nossas culturas, em vez de tentar descobrir quais são as nossas diferenças", afirma Damian. “Great minds think alike”, talvez tenha sido isso que os juntou.
"O álbum chama-se 'parentes distantes' certo? Estamos a falar de África ser o berço da civilização, estamos a falar de todo o mundo ser 'parentes distantes'. Eu não me interesso de onde vens", explica o filho de Bob Marley quando questionado sobre qual o tema dominante do álbum.
Nas estreou-se com o álbum «Illmatic» em 1994 e é considerado um dos maiores nomes do hip-hop americano. O músico é uma lenda desde o início dos anos 90, vindo do bairro de Queensbridge em Long Island. Filho do trompetista Olu Dara, já vendeu mais de 20 milhões de discos e foi nomeado para 11 Grammys. Olhando para a evolução do hip-hop, afirmou que este "morreu, mas o seu espírito está vivo".
Ao fim de duas horas de actuação e variadas mensagens de apoio e celebração do continente africano, “o berço da civilização”, foi o reggae de Bob Marley que marcou as despedidas do último concerto da digressão.
Os pontos máximos da ‘ligação’ com a plateia decorreram ao som de «Dispear», «Land of Promise», «Got Ur Self a Gun», «Welcome to Jamrock» e (especialmente) «Could You Be Loved.
Entrevista e texto @CPaquete e Edson Vital
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