“Di Lonji”, o quarto álbum de estúdio de Elida Almeida, é composto por 14 temas, “gravados entre Cabo Verde, Portugal e Estados Unidos, misturados e masterizados em Paris, com direção artística de José da Silva, produção e arranjos de Hernani Almeida e Momo Wang”, de acordo com o comunicado da editora.

No álbum “pode ouvir-se sonoridades bem características do universo de Elida, do batuque tradicional ao não tradicional na linha do Blues, ao Tabanka, ao Kola Samba, que aos poucos se torna um ritmo latino, numa união que fortalece a relação da música de Cabo Verde com a música latina, até aos elementos eletrónicos”.

Além disso, em “Di Lonji”, Elida Almeida revisita o repertório dos Blimundo, “ao regravar um tema que cresceu a ouvir, ‘Dimingu Denxo’”.

O título do álbum, “Di Lonji”, “espelha a essência e trajeto” da cantora.

“Retrata Elida, de onde vem geograficamente, mas também todas as distâncias de Cabo Verde, desde a zona de origem, ao caminho da concretização dos sonhos, o alcançar dos objetivos, trespassando todas as barreiras que ali representa o ser do interior... de fora (di fora), no criolo”, lê-se no comunicado.

A cantora, citada na nota, lembra que vem de um país, “que há algumas décadas nem estava no mapa”.

“Venho sobretudo do interior da ilha de Santiago, de uma paisagem tão profunda, tão remota, que a maioria dos seus habitantes nunca a abandona. Visitei 50 países, ganhei muitos prémios e divulguei as minhas criações pelos quatro continentes. De olhos fechados consigo, tantas vezes, reviver toda a minha infância, o início, de tão longe, e distante no tempo e retrato aqui neste disco exatamente a dificuldade de vir desse interior tão estigmatizado e poder mostrar as minhas raízes, o trabalho, a dedicação e os esforços a todos os níveis. O ter de saltar tantos obstáculos para estar agora, aqui”, partilhou.

“Di Lonji”, editado pela Lusafrica, será apresentado ao vivo a 11 de fevereiro em Paris, na sala Pan Piper, e a 25 de março em Lisboa, no Capitólio.

O agenciamento de Elida Almeida recorda que a artista “deu-se a conhecer ao mundo em 2014, depois de o produtor José da Silva, responsável pela editora discográfica Lusafrica, casa de nomes grandes da música de Cabo Verde, como Cesária Évora e Mário Lúcio, a descobrir pelos bares da Praia e perceber rapidamente que as suas histórias eram demasiado importantes para não serem ouvidas pelo mundo”.

O álbum de estreia de Elida Almeida, “Ora doci ora margos” foi editado em 2015. Seguiram-se “Kebrada” (2017) e “Gerasonobu” (2020).

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