
O espetáculo parte do álbum “Canto” (2003), de Mísia, no qual a fadista, que morreu no ano passado, interpretou poemas de Vasco Graça Moura, Sérgio Godinho e Pedro Tamen, em melodias de Carlos Paredes (1925-2004).
O elenco do espetáculo reúne os três músicos que gravaram “Canto” com Mísia, José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Proença (viola) e Luís Pacheco Cunha (violino), e conta com a voz de Aurora Studer.
Quando da edição do álbum “Canto”, Mísia disse que era "um desafio à inspiração" e o "mais complexo e delicado" trabalho que tinha realizado até então, porque cantava "a música do mais importante compositor da guitarra portuguesa".
No texto que acompanha o álbum, Eduardo Prado Coelho escreveu que “pegar em peças de Carlos Paredes, de textura complexa e com requebros melódicos inesperados e desconcertantes era um risco" e "que apenas um desejo profundo de homenagear um grande nome da cultura portuguesa poderia justificar”.
O alinhamento do espetáculo, no dia 24 de maio, às 21:00, conta com nove temas do disco original: “Presságios de Alfama”, que abre o álbum, “Sem Saber”, “Lamentos das Rosas Bravas”, “Ah Não”, “Horas de Breu”, “Valsa das Sombras”, sobre poemas de Vasco Graça Moura, “Canção de Alcipe”, de Leonor de Almeida Portugal, adaptado por Graça Moura, “Nenhum Sonho se Entrega à Chegada”, de Sérgio Godinho, e “Verdes Anos”, de Pedro Tamen.
Todas as canções são interpretadas em melodias de Carlos Paredes. O alinhamento do espetáculo inclui igualmente peças instrumentais do compositor natural de Coimbra.
Carlos Paredes nasceu em Coimbra há 100 anos, em 16 de fevereiro de 1925, e morreu em Lisboa, em 23 de julho de 2004.
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