O evento, que vai na sua segunda edição, junta o Derrube, que consiste em seis concertos e atuações ao vivo que "quebram fronteiras disciplinares", e a Feira Bastarda, que pretende dar especial atenção à edição de autor e independente, contou à agência Lusa Tiago Jerónimo, presidente da associação cultural PRISMA.

No Derrube, que decorre na sexta-feira e no sábado numa das salas abandonadas do antigo cineteatro Avenida, haverá seis concertos em que "tanto se pode ver uma banda do ponto de vista mais convencional, como atuações em que essa classificação é mais complicada", referiu, apontando para o caso do duo do Porto, Calhau (na foto), que apresenta "concertos que são mais que música e em que a dimensão performativa" torna o espetáculo "quase teatral".

No primeiro dia, vão estar presentes os conimbricences UUMRRK, o coletivo Lucifer's Ensemble e o trio STM, e, no sábado, atuam o duo portuense Calhau, a também dupla Filipe Dias De e Volker Sondermann e o dj Afonso Macedo e a vj Irina Sales Grade, com "Um povo que tenha a coragem de ser pobre é um povo invencível", que apresentaram pela primeira vez nos Jardins Efémeros, em Viseu.

Nesse evento, pretende-se "trazer à tona projetos que andam no chamado ‘underground'", em performances e concertos "desafiadores para o público", sublinhou Tiago Jerónimo. "O público não ficará indiferente. Ou se odeia muito ou se gosta muito", garantiu.

Na Feira Bastarda, que se realiza entre sexta-feira e domingo na Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto, vão estar bancas do panorama maioritariamente português de edição marginal, de autor e independente, onde se poderão encontrar fanzines, cassetes, vinis, postais e livros, avançou Tiago Jerónimo.
Por lá, estarão "objetos que se inserem numa linha estética desviante", indo o conteúdo "da sátira corrosiva a história surreais", explanou.

Na feira, vai ainda decorrer uma exposição da conimbricense Fanzineteca, mostrando uma "coleção de fanzines de todo o mundo, acrescentou.

A entrada em cada um dos dias de concertos custa entre três e seis euros, estando ao critério da pessoa aquilo que dá, e a feira é de entrada livre.

@Lusa