A multinacional norte-americana criou em 2011, na plataforma Google Play, um serviço específico para compra, audição, armazenamento e partilha de música pela Internet, acessível em diferentes aparelhos, como computadores, telemóveis e "tablets".

O serviço foi inicialmente disponibilizado nos Estados Unidos, depois, em 2012, em Espanha, Reino Unido, França, Itália e Alemanha, sendo agora alargado a Portugal, Áustria, Bélgica, República da Irlanda e Luxemburgo.

Em Portugal, a Google fez acordos com as principais editoras discográficas e com a Sociedade Portuguesa de Autores para que seja disponibilizado repertório internacional, mas também português.

Entre as várias funcionalidades disponibilizadas pelo Google Music está, por exemplo, a hipótese de cada utilizador poder armazenar na Internet (numa espécie de disco virtual chamado "cloud") até 20.000 ficheiros pessoais de música, que passam a estar disponíveis para audição em diferentes aparelhos.

O serviço da empresa permite ainda comprar música, num catálogo com milhões de músicas - tal como já acontece com o iTunes - e partilhá-la com outros utilizadores do Google.

Para os músicos, é criado ainda o "artist hub", um espaço em que podem vender diretamente a sua música aos internautas.

A empresa norte-americana pretende, assim, juntar num só serviço várias funcionalidades que existem noutras plataformas na Internet, de venda, partilha e audição legal de música (como o iTunes, o Spotify e até mesmo o Youtube).

Numa entrevista coletiva com jornalistas portugueses, Sami Valkonen, da Google, explicou que o objetivo da empresa é "fazer a diferença", no que diz respeito à disponibilização de música na Internet, porque até aqui muito dos dispositivos, ferramentas e programas disponíveis não são de fácil apropriação pelos consumidores.

"Acreditamos que a principal arma contra a pirataria é fazer serviços [de música] legais, que sejam fáceis de usar. Esperamos que a pirataria se torne obsoleta e que seja fácil para as pessoas comprarem música de forma legal, que não tenham de ir para sites suspeitos, sujeitos a apanhar vírus ou a descarregar ficheiros ilegais", disse.

Sami Valkonen concorda que a forma como se escuta música tem mudado nos últimos anos, mas essa mudança é sobretudo geracional. "Queremos chegar a todos, mas queremos também fornecer uma boa experiência de música digital", sublinhou.

O responsável não adiantou, antecipadamente, quanto é que custa comprar um ficheiro de música através do Google Music, referindo que o preço será fixado consoante o mercado. Também não foram disponibilizados dados sobre quantas músicas foram já vendidas através do Google Music.

@Lusa