No concerto, que decorreu já no sábado passado, o maestro Daniele Gatti dirigiu a Orquestra Filarmónica de Viena, na interpretação da 9ª Sinfonia de Mahler. Os músicos e o pessoal da Ópera de Viena renunciaram aos seus honorários a favor da Cruz Vermelha Japonesa.

Em paralelo com o tradicional Festival de Viena, realiza-se também uma série de concertos intitulada «Mahler e a América», de 14 de Maio a 21 de Junho, em que a Orquestra Sinfónica de S. Francisco a Filarmónica de Viena e a Orquestra de Bamberg (Baviera), nomeadamente, interpretam outras obras do compositor.

Além disso, a banda de música Franui, Ian Bostridge, Quarteto de Cordas do Pacífico e o Quarteto Belcea levarão ao palco as canções de Mahler.

Um simpósio a decorrer entre 24 e 26 de Maio, também em Viena, intitulado «Após a Morte de Mahler», analisará o impacto da sua obra.

Na Ópera Nacional, antigo posto de trabalho de Mahler, a Filarmónica de Viena promeverá ainda hoje, dia do centenário, mais uma exposição, um simpósio e um concerto dedicado a Mahler. No salão Gustav Mahler, serão exibidas todas as fotografias existentes do compositor.

Entre outras atividades, o diretor da Ópera Nacional, Dominique Meyer, lerá cartas escritas por Mahler.

Em Berlim, outra das capitais mundiais da música erudita, o maestro italiano Claudio Abbado inaugurou, na sexta feira passada, uma série de concertos com a orquestra Filarmóncia de Berlim - que há muito discute com a sua congénere de Viena a primazia a nível internacional - sobre a obra de Mahler, que começou com a interpretação de «A Canção da Terra» e do Adagio da 10ª sinfonia, que Malher não chegou a completar.

Abbado, que por motivos de doença reduziu a atividade como maestro, aceitou, no entanto, dirigir um concerto suplementar também inspirado na obra de Mahler, esta quarta feira, dia em que se completam os 100 anos da morte do compositor.

SAPO/Lusa