O álbum de estreia dos HMB surge cinco anos depois do nascimento do projeto, que teve na sua génese as músicas compostas por Héber Marques, o vocalista. Por isso, os “Héber Marques Band” (HMB) não poderiam ter outro nome.

No entanto, muita coisa mudou nestes últimos anos: há novos membros no grupo, largaram os temas em inglês e agora muitas das canções que escrevem não têm o dedo exclusivo de Héber.

Foi em 2007 que tudo começou, quando Joel, o baterista, incentivou Héber a criar uma banda onde pudesse inserir os temas que não cabiam no seu projeto de música evangélica. “Recordo-me que ainda ofereci alguma resistência”, confessa o vocalista, agora feliz por ter aceite o desafio.

Mais tarde, foi altura de abraçar a musicalidade do português. Daniel Lima, teclista, contou ao SAPO Música que a transição aconteceu de forma "um pouco abrupta", mas que muito revela sobre "o espírito de cumplicidade" que reina nos HMB.

“Fomos a um concurso de música moderna em Palmela e passamos à final. Alguns dias antes da final, a organização ligou a dizer que as outras bandas iam tocar mais um tema cada uma. Não tínhamos mais músicas porque a banda era muito recente e o Héber acabou por escrever uma música em português. Soube tão bem estar a cantar em português que decidimos que o Héber iria escrever em português a partir daí”, conta Daniel perante o sorriso do vocalista, que acaba por admitir que apesar de não ter sido uma motivação natural, acabou por sentir que fazia muito mais sentido.

Inicialmente, os fãs dos HMB eram aqueles que, desde sempre, seguiram o trabalho de Héber Marques, mas, com o tempo, o novo projeto foi ganhando consistência e criando a sua própria base de apoio. As redes sociais foram fundamentais neste processo e a banda preocupa-se em colocar na rede vários conteúdos, como músicas e videoclips. Daniel esclarece que o fazem porque “desejam estar perto dos amigos e fãs”.

A internet é, no entanto, uma fonte também de grandes desafios para os HMB, que olham para a questão da pirataria “sem medos”, diz Fred Martinho, guitarrista, acrescentando que tem sentido uma grande motivação por parte das pessoas para irem comprar o disco.

Daniel, no entanto, assume que “é um pau de dois bicos”. “Quando um artista vai para estúdio e investe dinheiro e tempo nisto é de respeitar e ir à prateleira comprar o disco. Na verdade, custa o mesmo que ir a um restaurante de fast-food e comer dois hambúrgueres. Por outro lado, é bom ter o maior número possível de pessoas a ouvir o nosso disco”, diz o teclista.

Os HMB optaram por não ter um produtor para o seu primeiro disco. “Já tínhamos na cabeça qual o conceito do álbum, já sabíamos qual a sonoridade que queríamos e estávamos todos em uníssono, não havia discórdias”, justifica Daniel. “A batalha agora era colocar na cabeça do técnico de som aquilo que nós queríamos”, acrescentou Héber.

No futuro, os HMB gostariam, como qualquer outro artista, de ver a sua música chegar mais longe e assumem que gostariam de investir noutros países de língua portuguesa. Do Brasil, Angola e Moçambique já chega algum feedback dos fãs sobre o trabalho que o grupo tem desenvolvido.

Na agenda dos HMB está uma tour pelas lojas Fnac, nas seguintes datas e locais:

7 DE ABRIL (SÁBADO)
» 17H00 FNAC STA. CATARINA
» 22H00 FNAC GAIASHOPPING

12 DE ABRIL (SEXTA)
18H30 FNAC CHIADO

15 DE ABRIL (DOMINGO)
17H00 FNAC ALMADA

20 DE ABRIL (6ªFEIRA)
22H00 FNAC CASCAIS

22 DE ABRIL (DOMINGO)
17H00 FNAC COLOMBO

@Edson Vital e Inês Alves