O MUVI realiza-se de 3 a 7 de setembro e, segundo a organização, pretende exibir o “melhor que se tem feito no âmbito do cinema sobre música”.

A organização reconhece que "o alinhamento é ambicioso" e adianta que, pelas diversas salas do Cinema S. Jorge, serão exibidos "filmes autorais e biográficos, videoclips e documentários".

"Fora da corrida ao prémio temos os Acordes Históricos e, nos palcos secundários, vão ainda existir palestras, concertos, atuações de DJ e exposições", afirma a organização, que pretende que o cinema na avenida da Liberdade seja uma "plataforma para os artistas nacionais e para a promoção cultural de Portugal junto da comunidade internacional", prometendo "trabalhar permutas e parcerias recíprocas, com eventos internacionais de idêntica filosofia".

"O objetivo é trazer todos a palco e garantir a adesão e o envolvimento do público que gosta de música com o cinema e incentivar a criação autoral na área do cinema musical", atesta a mesma fonte.

Em competição vão estar 16 filmes, entre os quais sete nacionais, segundo comunicado da organização.

Na secção “Odisseias: Palcos nacionais” competem, entre outros, “Mudar de Vida”, da dupla Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiro, que retrata a vida e obra de José Mário Branco, ao longo de sete anos. Segundo a mesma fonte o documentário aborda diferentes facetas do autor de “A Cantiga é uma Arma” e “F.M.I.", como a de produtor musical, poeta, ator, ativista político e cronista.

Desta secção fazem também parte “Música em Pó”, de Eduardo Morais, sobre colecionadores de discos de vinil, “Funk & Soul Covers", José Moças, “A sétima vida de Gualdino”, de Filipe Araújo, sobre Gualdino Barros, baterista de jazz que que tocou com nomes como Nina Simone, “Stop Don’t Stop”, de Ana Branco, que foca o antigo Centro Comercial Stop, no Porto, como incubadora de mais de 100 bandas e 400 músicos, que nele ensaiam regularmente, segundo a mesma fonte.

Desta secção dedicada à produção nacional apresentam-se ainda a concurso, “All in Black and Film”, de Eduardo Morais, sobre a banda The Poppers, no estúdio de gravação, “True - O Documentário”, de Paulo Segadães, que mostra “o íntimo processo de gravação do mais recente disco de Legendary Tigerman no seu ‘covil’, onde impera a persistência, criatividade, colaborações, novos instrumentos e sons”, e “The Alchemy Of Spirit”, de DROI ID, acerca da edição de 2012 do Festival Boom, segundo a organização.

Na secção “Odisseias-Palcos Internacionais” competem 11 filmes, entre os quais “Leave The World Behind”, de Christian Larson, sobre a última digressão dos Swedish House Mafia, banda que se desarticulou em março do ano passado, “Our Vinyl Weighs a Ton (This Is Stones Throw Records)”, de Jeff Broadway, que se estreia em Portugal na sessão de abertura do Festival, e “Marina”, um filme biográfico sobre o músico italiano Rocco Granata, intérprete do tema “Marina, Marina”, realizado por Stijn Coninx.

Nesta secção internacional fazem ainda parte, entre outros, “Deep City”, de Dennis Scholl, Marlon Johnson e Chad Tingle, “Good Ol' Freda”, de Ryan White, sobre Freda Kelly e os seus onze anos ao serviço dos The Beatles, como secretária, e “Castle Crash”, de Arsen Oremovic, que “retrata como Matej Meštrović, pianista e compositor, e a Orquestra de Percussão SUDAR captaram sons para a composição do disco no Castelo de Sv”, escreve a organização do Festival.

“The Labèque Way”, de Felix Cabez, “The Winding Stream”, documentário histórico de Beth Harrington, e “Que Caramba es la Vida”, de Doris Dörrie, sobre os mariachi mexicanos, completam o cartaz desta secção.

Contando com o apoio da Empresa de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), de Lisboa, a organização está a promover um ação de angariação de fundos junto do público para a efetivação do Festival, através do link : http://ppl.com.pt/pt/prj/muvilisboa

@Lusa