“Tenho a possibilidade de tocar com músicos do mais alto nível, é extremamente reconfortante”, refere, à Lusa, Jano Lisboa, que vive em Munique desde 2008.

No entanto, o jovem músico considera que este é apenas “o princípio de um sonho” cujo guião para os episódios seguintes passa por “uma carreira a fazer concertos de música de câmara e a tocar a solo, com orquestras”.

Jano começou por tocar piano, aos sete anos, mas aos 13, na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, ouviu uma professora, numa aula, tocar viola de arco, gostou do som e a partir daí a escolha estava feita.

Mais tarde, quando soube que estavam abertas provas para a Orquestra de Câmara de Munique, concorreu e acabou por convencer, conseguindo um lugar como efectivo.

Já realizou concertos em algumas das mais prestigiadas salas de espectáculo do mundo, como o Mozarteum em Salzburg, Royal Albert Hall em Londres, Théâtre du Châtelet e Théâtre du Champs-Élisées em Paris, Concertgebouw em Amsterdão, Jordan Hall em Boston, Herkulessaal em Munique, Philharmonie em Berlim, entre outras.

Apresentou-se a solo com as maiores orquestras portuguesas, nomeadamente a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Jano dedica por dia uma média de 9 a 10 horas à música, seja em ensaios, seja a estudar.

Outra boa parte do seu tempo é passada a ouvir música, desde clássica à eletrónica, passando pelo rock e pelo metal.

“Ouço de tudo o que penso que é bom”, atira, revelando que os Radiohead são a sua banda rock preferida e confessando que não conseguiria viver sem a música.

Sábado e domingo, em Viana do Castelo e Paredes de Coura, Jano Lisboa será o solista de um concerto pelo Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, dirigido pelo maestro alemão Ernst Schelle.

É o regresso às origens de um músico que já foi agraciado com a Medalha de Cidadão de Mérito pela Câmara Municipal de Viana do Castelo.

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