Realizados de dois em dois anos e já na quarta edição, os Reencontros são uma coprodução entre a direção artística do Arte no Tempo e do Teatro Aveirense.
José Pina, em declarações à Lusa, justificou a aposta na música contemporânea com a estratégia que o Teatro e a Câmara Municipal de Aveiro têm desenvolvido nos últimos anos para a formação de novos públicos.
“Este é um projeto muito interessante nessa perspetiva, como também naquilo que é a aposta de Aveiro no seu Teatro Aveirense, enquanto espaço de apresentação e de apoio à criação nacional nas diferentes áreas artísticas”, explicou José Pina.
O diretor do Teatro Aveirense assume que a música é uma área privilegiada na programação daquela sala de espetáculos, dentro da qual a música contemporânea “é um registo não muito habitual, mas que cria novos públicos e novos hábitos de fruição cultural”.
“O facto de nós lhe queremos dar essa importância e esse carinho também tem a ver, não só com o apoio que damos ao evento, como também com uma peça que vai encerrar o festival, dia 28 de maio, e que é uma encomenda da Câmara de Aveiro e do Teatro Aveirense”, salienta.
A obra encomendada pela Câmara de Aveiro, que vai fechar os Reencontros, é um projeto sob direção musical de Nuno Coelho, com a soprano Andreia Conangla e o Tiago Coimbra no oboé, Luís Salomé no saxofone, e com a Orquestra Filarmonia das Beiras.
Outro dos “momentos fortes” da programação vai ser a presença da Orquestra Metropolitana de Lisboa, com a direção de Pedro Neves, numa estreia também absoluta de concerto para violino e orquestra, encomendado a António Chagas Rosa.
“Temos no dia 25 de maio outra estreia com Inês Simões e Daniel Godinho no Teatro Aveirense, bem como no dia 19 de maio, com Tiago Coimbra e Nádia Carvalho, e eu diria que esses são os quatro momentos fortes do festival”, classifica José Pina.
Nos Reencontros vão ser escutadas pela primeira vez 22 obras, 19 das quais encomendadas pela Arte no Tempo [AnT], com financiamento da Direção Geral das Artes [DGArtes], e uma resultante de encomenda da Câmara Municipal de Aveiro.
De acordo com os promotores vão estar em destaque os compositores António Chagas Rosa (1960) e Helmut Lachenmann (1935), assinalando-se ainda o centenário do nascimento de György Ligeti (1923-2006).
Os Reencontros abrem a 18 de maio, no Teatro Aveirense, com a marimbista japonesa Kuniko Kato e o percussionista Nuno Aroso, num concerto de percussão composto por obras de compositores portugueses e japoneses.
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