“O nosso querido Clark Terry juntou-se à banda do paraíso, onde cantará e tocará com os anjos. Deixou-nos em paz, rodeado da sua família, dos seus alunos e dos seus amigos”, escreveu Gwen Terry.

O trompetista, que sofria de diabetes, tinha sido internado no passado dia 13 num estabelecimento de cuidados de saúde, informou a revista especializada no mundo do espetáculo Variety.

Nascido em Saint-Louis (Missouri) em 1920, o músico começou a tocar trompete na adolescência. Tocou em bandas da Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e tornou-se depois um dos mais respeitados trompetistas no mundo do jazz.

Clark Terry destacou-se quer como solista quer como acompanhante, tendo integrado duas das mais prestigiadas orquestras de jazz da história, a de Count Basie e a de Duke Ellington. Tocou ao lado de nomes grandes da música como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Thelonious Monk, Dizzy Gillespie, Sonny Rollings, Ray Charles ou Quincy Jones. Também colaborou com o 'rei do trompete', Louis Armstrong, e foi um mentor para outra lenda deste instrumento, Miles Davis.

Terry participou em mais de 900 sessões de gravação e ganhou mais de 250 prémios, incluindo um Grammy pela sua carreira. Mais tarde deu lições de música em liceus e universidades.

Considerado um mestre do jazz pela National Endowment for the Arts, uma agência federal independente de financiamento cultural, o músico viajou em digressão pelo Médio Oriente e África como embaixador cultural do Departamento de Estado norte-americano.

Terry, que foi homenageado em 2010 com um Grammy honorário pelo conjunto da sua obra, ficou mais conhecido do público em geral como solista da banda do programa "The Tonight Show", da NBC, apresentado por Jimmy Fallon. Em 2011, publicou a sua autobiografia, intitulada "Clark".

@Lusa e AFP