«Inicialmente o disco não ia ter originais, aliás, inicialmente nós nem sequer íamos ter disco». Esta revelação da Petra Pais, vocalista da banda, arrancou sorrisos dos colegas que a acompanharam na entrevista ao SAPO. Tudo começou com o desafio lançado por Paulo Miranda, co-produtor deste álbum. Mais tarde, face às demoradas burocracias para conseguirem autorização para cantar grandes temas, decidiram testar a sua capacidade como compositores.
Respeitando e a sonoridade tradicional do blues, conjugam nos seus temas originais influências do folk, country, bluegrass e do jazz norte-americano. Há quem considere um risco a cinquenta por cento o facto de o CD ter apenas seis originais em doze músicas. No entanto, poucos são os que teriam a coragem de subir a um palco para cantar lado a lado com aqueles que admiram, e cuja qualidade eleva a fasquia bem alto.
No Maxime, amanhã à noite, os seis lisboetas apresentam o novo álbum e prometem uma noite de boa música, que reflicta os quatro anos que dedicaram a pôr de pé este trabalho.
Daqui para frente os Nobody's Bizness são «everydoby's bizness now» e, uma vez descoberta a arte e o prazer, é tarde para voltar atrás e limitarem-se a cantar temas alheios. Petra, vocalista, acredita que, no fundo, caminhavam para este momento das suas carreiras quase sem darem conta.
Como tantas outras coisas na vida, aquilo que começou por ser uma brincadeira virou algo sério e a banda conta já com seis elementos: Petra Pais (voz), Catman (voz e teclas), Luis Ferreira e Pedro Ferreira (guitarra e banjo), Luis Oliveira (baixo) e Isaac Achega (bateria).
@ Inês Fernandes Alves
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