Com "The Journey", o seu mais recente disco de originais, na bagagem, o filho do lendário Lee Scratch Perry, a quem reconhece uma influência determinante na sua carreira e no mundo do reggae em geral, mostra-se entusiasmadíssimo com o regresso ao nosso paíse alerta os mais céticos a preparem-se para o seu espetáculo. Ele? Já está mais do que preparado...
Palco Principal - Estiveste em Portugal no ano passado, no âmbito da edição 2011 do festival Musa Cascais. Estás entusiasmado por voltar a território nacional já este mês?
Omar Perry - É sempre óptimo regressar a Portugal. A primeira vez que estive aí foi em 2001, no festival Maré de Agosto, nos Açores, tendo regressado ainda esse ano para a Semana Académica dos Açores, em Ponta Delgada. Adoro as pessoas daí. Adoro a beleza do país. Então, quando me contactaram para atuar em Lisboa, no âmbito do Musa Cascais, na sequência do cancelamento do concerto de John Holt, fiquei extremamente entusiasmado porque nunca tinha atuado na capital. Agora, estou delirante com o regresso!
PP - Desta vez, vais ter a tua banda - a The Homegrown Band -a acompanhar-te em palco. Como se refleteno espetáculoo facto de teres a tua banda a acompanhar-te?
OP - É a minha banda, logo sinto-me mais confortável. De resto, nada muda.
PP - Podemos, então, contar com muito reggae, muito amor, muita diversão...
OP -Sim, muito amor, muita benção, muito fogo. Cuidado, Portugal, preparem-se, porque eu já estou preparado!
PP - Trazes na bagagem o teu terceiro trabalho, "The Jorney", nas lojas desde o ano passado. O que diferencia este registo dos anteriores?
OP - Acho que "The Journey" é o somatório de todo o trabalho árduo que tive ao longo dos anos, em que fui trabalhando com diferentes produtores, em várias colaborações, em diferentes países, como Jamaica, Inglaterra, França... Acho que é isso que o define.
PP - Pois, porque apesar de só teres editado o teu primeiro álbum a solo, "Man Free", em 2007, a tua aventura a solo já tinha começado em 2003.Foram anos de intensa preparação eevoluçãoos que mediaram o início da carreira a solo e o lançamento do álbum de estreia?
OP - Sem dúvida. Passei bastante tempo em África, a conhecer o continente, a compreender-me melhor, a compreender melhor a vida. Eram coisas que tinha que fazer, tinha que me certificar que estava no caminho certo.
PP - Antes de apostares numa carreira a solo, ainda em 1996, estiveste na Gâmbia, onde lideraste programas de rádio e espalhaste as vibrações do reggae em vários concertos. Foi este um período importante na tua vida, determinante para o rumo que a tua carreira tomou?
OP - Sim, foi aí que tudo começou. O meu sonho, na altura, era ir para África, por isso, quando fui selecionado para ser DJ numa rádio, quando me foi dada a oportunidade de ser embaixador do reggae e de Jah em África... Que mais poderia eu pedir?
PP - Recuando ainda mais no tempo... Como surgiu a música na tua vida: como uma paixão ou como uma «extensão» do trabalho desenvolvido pelo teu pai [Lee Scratch Perry]? Acredito que ele tenhaexercido uma grande influência na tua carreira...
OP - Ele exerceu uma grande influência no mundo do reggae, portanto é natural que também tenha exercido na minha carreira. Ser filho dele é um papel que tenho de desempenhar, sendo o melhor que posso ser, sendo sempre correto e fiel a quem sou, e agradecendo todos os diasa Jah pela vida que tenho.
Ana Oliveira
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