A capital portuguesa acolheu o Rock in Rio (RiR) pela primeira vez em 2004, colocando a "Cidade do Rock" no Parque da Bela Vista, uma área arborizada e relvada com 200 mil metros quadrados - o equivalente a 20 campos de futebol. Desde então, o festival, criado pelo empresário brasileiro Roberto Medina, aconteceu em Lisboa em todos os anos pares, cumprindo agora a sexta edição e dez anos de permanência em Portugal.

O RiR nasceu no Rio de Janeiro em 1985 como um evento destinado a promover o Brasil, tornando-se num dos maiores festivais de música do mundo, tendo tido edições também em 1991, 2001, 2011 e 2012. A sexta edição do Rock in Rio, no Brasil, acontecerá em 2015.

Roberto Medina escolheu Lisboa como porta de entrada do festival na Europa, pela proximidade linguística e pelo potencial da cidade. Já depois de Lisboa, o festival estendeu-se a Madrid (em três edições) e terá uma estreia nos Estados Unidos em 2015, em Las Vegas.

Nos dez anos de existência em Portugal, o festival Rock in Rio contou com cerca de 1,7 milhões de espetadores, cerca de 400 concertos de alguns dos mais sonantes artistas do pop rock, como Paul McCartney, Peter Gabriel, Stevie Wonder, Metallica, Foo Fighters, Sting, Roger Waters ou Shakira.

Na memória ficaram também a atuação cambaleante de Amy Winehouse, o concerto da cantora Britney Spears - acusada de ter feito "playback" - e o de Miley Cyrus, na altura já a transitar da personagem Hanna Montana para a irreverente e polémica intérprete pop da atualidade.

Em todas as atuações do Rock in Rio Lisboa duas bandas marcaram sempre presença, tal como acontecerá este ano: o grupo rock português Xutos & Pontapés e a cantora brasileira Ivete Sangalo.

Este ano, os grandes destaques serão os britânicos Rolling Stones - a mais antiga banda rock em atividade -, que tocam no dia 29, os norte-americanos Queens of The Stone Age (dia 30), os canadianos Arcade Fire (dia 31) e a estreia em Portugal do músico norte-americano Justin Timberlake (01 de junho).

A organização do festival tem já garantida a realização do Rock in Rio Lisboa em 2016 e 2018.

A autarquia de Lisboa aprovou em abril as duas novas edições do festival, isentando a promotora do pagamento de taxas.

Na altura, a decisão foi criticada pelos vereadores do PCP, por considerarem que se perdem seis milhões de euros, entre isenção de taxas e prestação de serviços pela autarquia.

Em abril, semanas antes da decisão camarária, a responsável pelo festival, Roberta Medina (filha do fundador) afirmava à agência Lusa a vontade de a organização se manter em Lisboa, dado o sucesso dos anos anteriores: "A nossa intenção é ficar para sempre".

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