A cerimónia de entrega realiza-se às 18:00, no Auditório da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, daquela cidade minhota, conta com a presença da distinguida e dos presidentes da Associação Portuguesa de Escritores e da Câmara Municipal famalicence, José Manuel Mendes e Paulo Cunha, respetivamente, e da porta-voz do júri, Isabel Cristina Mateus, entre outras personalidades.

“Um júri constituído por Cândido Oliveira Martins, Fernando Batista e Isabel Cristina Mateus decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao livro ‘Pequenos Delírios Domésticos’, de Ana Margarida de Carvalho”, divulgou no passado dia 29 de outubro, a Associação Portuguesa de Escritores (APE), em comunicado.

Segundo o júri, “trata-se de um conjunto de contos que surpreende o leitor pela invulgar atualidade temática e sociológica (dos incêndios que devastaram o país, em 2017, aos dramas íntimos de portugueses convertidos ao estado islâmico, de refugiados sírios num lar de velhos ou de uma mulher tunisina que dá à luz num barco apinhado de gente durante a travessia do Mediterrâneo, entre outros)”.

A escritora alia a estas histórias “um notável trabalho de precisão e depuramento da palavra e, acima de tudo, a um olhar atento aos dramas humanos, independentemente do lugar mais ou menos doméstico que lhes serve de palco”, afirma o júri, em ata, citada pela APE.

A estreia literária de Ana Margarida de Carvalho, “Que importa a fúria do mar”, valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, em 2013, que voltou a receber em 2016 com “Não se pode morar nos olhos de um gato”, que foi também distinguido com o Prémio Manuel Boaventura.

Jornalista, Ana Margarida de Carvalho foi finalista este ano do Prémio P.E.N. na categoria narrativa, com esta sua primeira obra de contos.

O Grande Prémio, com o valor pecuniário de 7.500 euros, é patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Foi instituído, em 1991, pela APE e “destina-se a distinguir uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, primeira edição, no decurso do ano de 2017”.

O ano passado a vencedora foi Teolinda Gersão, com a obra "Prantos, Amores e Outros Desvarios".