Numa declaração divulgada esta madrugada na rede social Facebook, a ACV apresentou à família, amigos e admiradores “as mais sentidas condolências e votos de pesar”, sublinhando a “tristeza e consternação” com que a “Nação PALOP” recebeu a notícia que “ninguém esperava ou imaginava”.
A cantora de ascendência cabo-verdiana deu-se a conhecer ainda adolescente, nos anos 1990, no concurso televisivo de talentos “Chuva de Estrelas”, emitido pela SIC, tendo desde então publicado vários álbuns de originais, que fizeram pontes dentro da música lusófona.
“Balancê” (2005) valeu-lhe um disco de platina e uma nomeação como Artista Revelação pelos prémios BBC Radio 3 World Music, e "Fitxadu" (2017) garantiu-lhe uma nomeação para os Grammy Latinos.
Ao longo do último ano, Sara Tavares tinha vindo a divulgar alguns temas novos, depois de cinco anos de silêncio. O mais recente tema, intitulado “Kurtidu”, saiu em setembro passado pela Sony Music.
Do percurso de Sara Tavares também faz parte uma participação, em 1994, no Festival Eurovisão da Canção com o tema “Chamar a Música”, de Rosa Lobato de Faria e João Oliveira, com qual obteve o oitavo lugar para Portugal.
A morte de Sara Tavares foi lamentada por vários artistas e músicos nas redes sociais, assim como pelos presidentes da República de Portugal e de Cabo Verde e do primeiro-ministro português, António Costa.
Numa nota na página da Presidência Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a “vocação, dedicação e determinação” da cantora e salientou a sua “grande proximidade à música e aos músicos africanos”.
O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que a figura da cantora Sara Tavares continuará presente, “como luz que alumia caminho”, numa mensagem publicada na Internet.
António Costa lamentou “com profunda tristeza a morte prematura” de Sara Tavares, através da rede social X (antigo Twitter), sublinhando a sua “linguagem musical própria, na qual se cruzam diferentes geografias sonoras”.
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