Esta mostra é realizada a partir de “relatos impressos e gravuras, e de objetos animados de outra imagética que expandem as leituras que aqueles encerram”, lê-se no portal da BNP na Internet.

“Entre 1640 e 1821, foram muitos os rituais públicos que ocorreram em cidades e vilas de todo o império português. Contam-se, entre eles, entradas solenes, procissões, canonizações e diversas festas religiosas, incluindo nascimentos, batismos, casamentos e funerais régios”, explica a BNP.

”Estas cerimónias visavam fortalecer as instituições políticas e religiosas e disseminar determinadas imagens sobre o poder e a sociedade, para, dessa forma, reforçar a coesão social, tanto na metrópole como nos territórios ultramarinos, todavia, estas práticas também podiam expressar imaginários políticos, sociais e religiosos diferentes, neles se manifestando a variedade, as tensões e as contradições do império”.

Estes eventos “foram registados em relatos manuscritos e impressos, ou em imagens que fornecem descrições mais ou menos detalhadas dos seus participantes e públicos, europeus e não-europeus, dos objetos utilizados, e dos itinerários locais”.

A exposição dá conta das “transversalidades tópicas nas linguagens rituais, bem como as variações conjunturais e estruturais, quer devido aos contextos políticos, quer resultantes dos contextos geográficos e socioculturais nos quais as celebrações tiveram lugar”.