A convite do teatro municipal, Sérgio Godinho vai atuar entre quinta-feira e domingo pela primeira vez com aquela orquestra, sob a direção do maestro Cesário Costa, e acompanhado da banda habitual, num cruzamento entre o universo da música popular, de intervenção, e a música clássica.

Em palco estarão mais de 30 músicos, entre instrumentistas da orquestra, o pianista Filipe Raposo - que assina os novos arranjos -, os músicos dos Assessores, e um repertório de quatro décadas de vida na música portuguesa.

"Há sempre vidas sucessivas nas canções e isso é algo que me estimula e empolga", disse Sérgio Godinho, 72 anos, à agência Lusa, antes do primeiro ensaio com a orquestra.

Nos concertos poder-se-ão ouvir temas do álbum mais recente, "Nação Valente", como "Grão da mesma mó" e "Mariana Pais", e canções que o músico quis "resgatar da estante, desempoeirá-las", como "Deusa do amor" e "Velho samurai".

As canções ganham intensidade e espessura, quando se juntam as cordas, as madeiras, as percussões e, em alguns casos, as vozes dos instrumentistas. O público "irá descobrir aspetos novos dessas músicas", disse à agência Lusa o maestro Cesário Costa.

"Todas as canções contam uma história diferente e o desafio em cada uma das canções é passar uma emoção diferente para o público. (...) É sempre um trabalho de procura de uma nova sonoridade única", explicou.

Além da orquestra e de Filipe Raposo, Sérgio Godinho estará acompanhado pelos músicos Nuno Rafael, Miguel Fevereiro, Nuno Espírito Santo, João Cardoso e Sérgio Nascimento.

Depois desta temporada, Sérgio Godinho voltará a sair do registo habitual em dois outros momentos: A 27 de julho em Matosinhos, com a Orquestra de Jazz de Matosinhos, e a 30 de julho com a Banda Filarmónica Simão da Veiga, da Casa do Povo de Lavre (Montemor-o-Novo).

No ano passado, a Orquestra Metropolitana de Lisboa fez uma temporada semelhante no mesmo teatro municipal, com o fadista Camané.