A Casa da Música dedica o ano de 2018 à Áustria, país que já tinha sido tema em 2010, programando as integrais das sinfonias de Anton Bruckner e dos concertos para violino de Mozart.
De acordo com a programação, o compositor em residência vai ser o austríaco Georg Friederich Haas, “um dos artistas europeus mais conceituados da atualidade”, que verá a sua obra ser alvo de uma retrospetiva no Porto, a partir deste mês.
Os artistas em associação, por seu lado, vão ser o cravista alemão Andreas Staier e o violinista austríaco Benjamin Schmid, enquanto Gonçalo Gato se torna no jovem compositor em residência.
Em declarações à agência Lusa, o diretor artístico da Casa da Música, António Jorge Pacheco, quando da apresentação da programação, em novembro, sublinhou que o facto de se voltar à Áustria como país-tema – o que acontece pela primeira na história da instituição – prende-se com o “programa quase inesgotável” dos compositores daquele país.
“O 'ano Áustria' é um verdadeiro festim para os quatro agrupamentos residentes, com repertório genial, interminável”, disse António Jorge Pacheco, que destacou como um dos grandes concertos de 2018 o que vai ter lugar no dia 24 de fevereiro, quando a Orquestra Sinfónica do Porto, com o Coro Casa da Música, interpretar o ciclo de canções “Gurrelieder”, de Arnold Schoenberg, peça raras vezes tocada, em estreia no Porto.
O ciclo de abertura do ano Áustria decorre até ao próximo dia 21 de e inclui ainda o “Te Deum”, de Bruckner, no dia 19, e a obra “In Vain”, de Haas, pelo Remix Ensemble, no dia seguinte, em relação à qual o New York Times escreveu, em 2011, ser uma peça com “ondas de sons lindos e opulentamente estranhos, que parecem o resultado de forças sobrenaturais”.
O concerto de abertura, hoje à noite, conta com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes.
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