A intérprete disse que o seu concerto de 4 de junho em Raleigh, capital do estado do sudeste americano, será acompanhado de uma campanha de sensibilização. Lauper também destinará toda a receita obtida com o espetáculo à Equality North Carolina, uma organização local que luta contra a lei HB2.

O texto, promulgado no fim de março pelo governador republicano Pat McCrory, obriga os indivíduos a usar casas de banho públicas que correspondam ao seu sexo de nascimento e não à sua identidade de género.

Sob a crescente pressão de personalidades e empresas, McCrory reduziu na terça-feira o alcance da lei. Agora, o setor privado está livre para a cumprir ou não, embora continue válida em escolas e edifícios administrativos.

Na semana passada, Bruce Springsteen cancelou um concerto, o serviço Paypal rejeitou um projeto de investimento e uma centena de dirigentes de grandes empresas - entre elas Apple, Bank of America, Marriott, Starbucks e Facebook - escreveram ao governador, a organizações desportivas e de espetáculos para que rejeitem a lei.

Segundo Cyndi Lauper, a pressão "está a ganhar forma e é bela". Mas, em vez de participar num boicote, a cantora disse que preferia organizar um evento que favorecesse a comunidade transgénero.

O Cirque du Soleil, por sua vez, anunciou na sexta-feira o cancelamento de três espetáculos que tinha previstos na Carolina do Norte entre abril e julho.

"O Cirque du Soleil acredita firmemente na diversidade e na igualdade de cada indivíduo e opõe-se a qualquer forma de discriminação", informou o grupo canadiano em comunicado.

Desde a histórica legalização do casamento homossexual nos Estados Unidos em junho de 2015, alguns estados conservadores tomaram iniciativas consideradas discriminatórias pela comunidade LGBT.