“Este é simplesmente o mais antigo festival de ‘world music’ do país”, disse o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, em conferência de imprensa para apresentação do programa.

O responsável salientou que nestes três dias vão acontecer nove concertos, começando com a estreia nacional Maia Barouh, uma artista do mundo contemporâneo asiático que “funde a tradição do sul do Japão com vários géneros musicais”.

Conta ainda com outra estreia, a da espanhola Maria Toledo, tendo o diretor artístico do festival, Nuno Barcelos, realçado que a cantora “nunca atuou em Portugal em nome próprio”.

Eduardo Jesus salientou que o programa “junta o mundo todo e traz tradição, modernidade e, sobretudo multiculturalidade, um aspeto que mais valoriza esta oferta cultural, tendo como mote sempre a música da Madeira“.

Outro destaque do programa é a participação da brasileira Elza Soares, que “encerra com chave de ouro esta edição do festival”, apontou Eduardo Jesus.

O programa “ambicioso” também prevê a participação do “melhor que as ilhas da Macaronésia têm para oferecer” e constitui uma oportunidade para músicos da Madeira, Açores e Canárias “apresentarem as suas tradições e instrumentos musicais”.

Por isso, vão atuar os Banda d’Além, considerado um agrupamento que melhor representa o cancioneiro madeirense, subindo depois ao palco Criatura, “um dos projetos portugueses mais originais da atualidade onde as raízes da música portuguesa se cruzam com sons de várias geografias”.

Também Guilherme Kastrup, parte da banda de Elza Soares e produtor do seu disco, “traz à Madeira a fusão da precursão brasileira com sons modernos”, e Toty Sa`med, vai encher o espaço com o som de Angola, apresentando o cancioneiro daquele país africano “com uma visão muito própria e atual”.

Sábado são os sons dos Açores a soar com o projeto de Medeiros/Lucas que apostaram numa ”fusão de tradicional ilhéu com atualidade” e pretendem oferecer ao público um “concerto único”.

“Queremos que este festival seja muito mais que festival de música. Queremos que seja uma experiência global, com várias culturas presentes, sendo o fio condutor a madeira, e posicionar este festival como celebração da música como património cultural e material”, argumentou o governante insular.

O programa inclui também a Aldeia do Atlântico, uma iniciativa orientada para a comunidade educativa, complementando a oferta em junho do Festival do Atlântico que conjuga, nas noites dos sábados deste mês, o fogo-de-artifício com a música e a Semana das Artes da Madeira.

Este é o programa que está ligado à promoção turística externa da Madeira que está a ser divulgado junto de todas as unidades hoteleiras da ilha, contribuindo para a “divulgação e qualificação” deste destino, mencionou Eduardo Jesus.