Em declarações à Lusa, Ricardo Rio disse ainda que em causa está “uma rescisão por mútuo acordo”.

“Vai receber uma compensação de 15.500 euros, de acordo com a lei em vigor, além de outros valores relacionados com questões como férias não gozadas e subsídios”, acrescentou o autarca.

O valor da indemnização a Paulo Brandão foi hoje pedido pelo PS na reunião quinzenal do executivo, mas o presidente da Câmara não soube responder na altura, sublinhando a necessidade de consultar a diretora administrativa do Theatro Circo.

Paulo Brandão vai deixar, no final deste mês, o cargo de diretor artístico daquela sala de espetáculos, 10 anos depois de o assumir.

“Depois de um ciclo longo de mais de uma década, marcado por uma afirmação qualitativa e quantitativa da sua programação cultural, é chegada a hora da renovação da direção artística do Theatro Circo. Esta mudança surge no momento certo para estruturar o novo ciclo que começa com a preparação de Braga 2025 Capital Portuguesa da Cultura e que tem como horizonte a estratégia Braga 2030”, pode ler-se num comunicado, divulgado na sexta-feira, assinado por Cláudia Leite.

Em declarações à Lusa, Cláudia Leite explicou que Paulo Brandão permanece em funções até ao final do mês e que sai fruto de uma “decisão partilhada”, tendo havido “uma intenção de reestruturação e renovação”.

“É natural nestes lugares haver momentos de renovação e entendemos que seria o momento para o fazer e a altura ideal”, afirmou a administradora executiva, acrescentando que a programação está fechada até ao final do ano, o que vai permitir uma transição "tranquila e serena".

O ciclo de 10 anos na direção artística do Theatro Circo foi o segundo momento de Brandão à frente do espaço bracarense, depois de um período entre 2006 e 2010.

Segundo Ricardo Rio, a nova solução para a direção artística do Theatro Circo será anunciada em inícios de julho.