“Alone” é, de acordo com Diron Animal, “muito distinto” do que fazia nos Throes + The Shine, banda de ‘rockuduro’, uma mistura de kuduro, género originário de Angola, com rock.

“É completamente música eletrónica e tem influência de vários sítios. Tem muita influência de África, sem dúvida, mas também de outras partes do mundo, da Europa. É um disco que não é kuduro, mas também tem influências. Só ouvindo, é uma fusão de vários estilos”, descreveu o músico em entrevista à agência Lusa.

Diron Animal não quer fugir do público de Throes + The Shine, mas quer “chegar a muito mais pessoas”. “Por isso comecei a fazer uma coisa diferente e a misturar estilos musicais”, afirmou, revelando que excluiu “a bateria por completo do disco”.

Aventurar-se numa carreira a solo “é uma ideia que tinha muito tempo” e “despertou” há quatro ou cinco anos, na sequência de “um atrito” na banda.

“Estava tudo bem com a banda, mas foi a primeira vez que discuti com o André do Poster [músico com quem formou a dupla The Shine, a parte de kuduro dos Throes + The Shine]. Pensei e percebi que tinha de criar uma coisa minha”, recordou.

A gravação de “Alone” decorreu “por partes”. “Algumas estão gravadas há quase três anos e outras gravei no ano passado, umas em estúdio e outras em casa”, disse, partilhando que duas “acabaram por ser gravadas na casa de banho”.

“Alone”, editado pela britânica Soundway Records, “com distribuição mundial”, “demorou um ano a sair”.

Quando pensou em editar um disco, Diron pensou logo em fazê-lo “por uma editora estrangeira”. “Acredito que o tipo de música que estou a fazer é muito mais consumido lá fora”, disse.

O nome do disco, “Alone” (sozinho, em português) não é casual. “É 'Alone' precisamente por isso, foi todo feito sozinho. Criou as batidas, as letras, em português, kimbundu (uma das línguas nacionais angolanas, falada sobretudo na região de Luanda) e inglês, e produziu-o “todo sozinho”.

Além disso, Diron faz os vídeos e a roupa com que se apresenta em palco. Durante a entrevista com a Lusa, tinha vestida uma túnica de lantejoulas, que criou a partir de um vestido e de umas calças.

“Além da minha boa presença em palco, que dizem que tenho, estar bem apresentado ajuda”, referiu.

Começou por comprar roupa já feita, mas tentava sempre “ajustar” ao seu gosto. “Chegou uma altura em que comecei a fazer as minhas roupas, desenhava, às vezes costurava eu, outras vezes a minha namorada ajudava-me e algumas vezes pedia a costureiras para fazerem a partir dos meus desenhos”, partilhou, referindo que muitas peças foram feitas com tecidos que mandou vir de Angola.

Os vídeos vêm do tempo em que ainda vivia em Angola. Diron Animal cresceu no bairro da Cazenga, em Luanda, de onde saiu aos 17 anos rumo ao Porto, para estudar. Quando acha que os vídeos “têm de ter uma 'pinta' diferente”, recorre a outras pessoas, como aconteceu com o do ‘single’ “Don’t Stop”, realizado por Vasco Mendes.

“Alone” é apresentado ao vivo a 28 de outubro, na Casa Independente, em Lisboa.

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