Elisabete Matos é acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção do maestro Antonio Pirolli.

O programa de dia 2 de janeiro, às 11:00, no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, é apresentado no dia seguinte, à mesma hora, no palco do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, no distrito de Setúbal.

Em comunicado, o TNSC afirma que se "propõe um programa específico para a ocasião, que remete para o período de transição entre ciclos, neste caso a despedida a 2020, e o início esperançoso do novo ano de 2021".

O programa inclui "Il Tramonto", de Ottorino Respighi, que musicou um poema de Percy Shelley (1792-1822), peça composta em 1914, seguindo-se duas composições de Ruggero Leoncavallo, um trecho da sua "La bohème" e "Mattinata".

Do programa consta ainda "Waldgespräch", de Alexander von Zemlinsky, uma balada sobre o poema homónimo de Joseph von Eichendorff (1788-1857), baseado no mito de Lorelei, o rochedo próximo da cidade alemã de Sankt Goarshausen, cenário de várias lendas germânicas, nomeadamente sobre ninfas e outros seres sobrenaturais; e ainda uma Abertura de Franz Schubert, um "intermezzo" de Pietro Mascagni e uma Sinfonia de Joseph Haydn, que fecha o programa.

Antonio Pirolli é maestro convidado principal da Sinfónica Portuguesa, desde outubro do ano passado, tendo desde então dirigido a ópera "La forza del destino", de Giuseppe Verdi e a versão concerto da ópera "La Wally", de Alfredo Castani.

Elisabete Matos assumiu em outubro do ano passado a direção artística do TNSC. Segundo o despacho governamental de nomeação, datado de 17 de setembro de 2019, "não podem ser programadas mais de duas produções em cada temporada, uma na Temporada Lírica e uma na Temporada Sinfónica, com a participação artística de Maria Elisabete da Silva Duarte Matos".

A soprano Elisabete Matos, nascida em 1970 nas Caldas das Taipas, nos arredores de Guimarães, foi dirigida por maestros, como Lorin Maazel, James Conlon, Riccardo Muti, Zubin Metha, Valery Gergiev, Daniel Oren, Daniel Baremboim, Bruno Bartoletti e acompanhada por solistas como Placido Domingo, José Carreras, Mariella Devia, Leo Nucci, Renato Bruson, Eva Marton, entre outros.

Em 2000, recebeu um Grammy pela gravação do papel titular de "La Dolores", de Bretón, com Placido Domingo, para a Decca.

A soprano recebeu as condecorações de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e Grã-Oficial da mesma ordem honorífica, a Medalha de Ouro de Mérito Artístico da Cidade de Guimarães, pela Câmara Municipal vimaranense, e a Medalha de Mérito Cultural, em 2015.

Venceu vários prémios em concursos nacionais e internacionais, como o Concurso de Canto Luísa Todi, em Setúbal, o Belvedere de Viena, na Áustria, e o prémio Femina 2012, entre outros.

Interpretou papéis wagnerianos como Isolda (em "Tristan und Isolde"), Elisabeth ("Tanhäuser"), Elsa e Ortrud ("Lohengrin"), Freia ("Das Rheingold"), entre outros, e de outros compositores, Katia Kabanova (de Janaácek), Condessa de Capriccio e Elektra (de Strauss), Santuzza de Cavalleria Rusticana (Mascagni), Norma (de Bellini), e Cassandre de Les Troyens (de Berlioz), entre outros.

Atuou ainda, entre outros palcos, na Wiener Staatsoper, em Viena, na Washington Opera, nos Estados Unidos, no Teatro Real de Madrid, Centro Golda de Artes Cênicas, em Telavive, Teatro La Fenice, em Veneza, na Itália, nos festivais da Madeira e de Sintra.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.