A mostra, que inicialmente estaria patente na galeria Rei D. Luís, até ao final deste mês, foi prolongada até 31 de outubro, de acordo com a DGPC num comunicado hoje divulgado.
“D. Maria II. De princesa brasileira a rainha de Portugal. 1819-1853” é organizada em parceria pelos museus do palácio da Ajuda e da Presidência da República, sendo comissariada pelo professor no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa José Miguel Sardica.
Maria II, recordava a organização na altura em que exposição foi anunciada, foi a última mulher a ocupar a chefia do Estado, tendo reinado em duas fases distintas, de 1826 a 1828, quando é desapossada do trono pelo seu tio, e de 1834 a 1853.
“Durante esses anos, Portugal passou do Absolutismo ao Constitucionalismo, registando grandes transformações sociais, económicas e culturais no país”, salientou na altura a organização.
Maria II foi a única monarca europeia nascida fora da Europa, filha do príncipe Pedro, primeiro imperador do Brasil, e da sua mulher, a arquiduquesa Maria Leopoldina.
Maria II sucedeu ao seu pai, Pedro IV (I do Brasil), que dele abdicou por insistência de vários setores da sociedade brasileira. O Brasil tornara-se uma nação independente em 1822 e não queria voltar a sentir-se unido, pela coroa, à antiga potência colonizadora.
A mostra inclui “várias centenas de peças e documentos reunidos [...] vindas de diversos museus nacionais, autarquias, colecionadores privados e do Governo Regional dos Açores”, tendo muitas delas sido "restauradas propositadamente" para esta exposição.
Entre as diversas peças expostas, o palácio destaca as “várias joias pessoais de D. Maria II e a coroa real portuguesa que há mais de duas décadas não é exposta ao público”.
A coroa portuguesa esteve exposta em 1991, na exposição “Joias e Tesouros da Casa Real Portuguesa”, no Palácio da Ajuda, coordenada pela então diretora Isabel Silveira Godinho.
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