Estes quatro locais foram de “grande importância” para o poeta, visto que Guerra Junqueiro nasceu em Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, mas depois viveu e desenvolveu os seus trabalhos no Porto, Lisboa e Viana do Castelo, segundo uma informação distribuída hoje aos jornalistas no âmbito da apresentação do programa que decorreu no Museu Guerra Junqueiro, no Porto.
Guerra Junqueiro, que nasceu a 15 de setembro de 1850 e morreu a 7 de julho de 1923, foi poeta, político, deputado, diplomata, jornalista, escritor, filósofo, colecionador e agricultor.
O poeta, considerado por muitos contemporâneos como o “Victor Hugo português", pertenceu ao meio literário intelectual do final do século XIX junto de nomes como Antero de Quental, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós e Oliveira Martins, os chamados "Vencidos da Vida", como chegaram a designar-se, pela perda de aspirações no contacto com a realidade da época.
Durante um ano, Guerra Junqueiro, que está sepultado no Panteão Nacional, em Lisboa, será recordado com diversas iniciativas, nomeadamente exposições, palestras, reedições, novas publicações, concertos e atividades educativas.
As iniciativas têm início a 7 de julho, data da morte do escritor, com homenagens solenes no Porto, Lisboa e Freixo de Espada à Cinta, que envolvem um concerto, a atribuição de um prémio literário com o seu nome, o lançamento de uma publicação inédita e a inauguração de uma exposição.
Posteriormente, a 15 de setembro, dia em que se celebra o seu nascimento, Lisboa e Porto vão assinalar a data com concertos, inauguração de exposições e ciclos de conversas.
No ano seguinte, a 6 de julho de 2024, as quatro localidades encerram as atividades através do lançamento de publicações e de novos prémios, assim como de uma nova biografia sobre Guerra Junqueiro.
“A programação para o centenário é rica, diversificada e multidisciplinar, estando previsto um conjunto de iniciativas e eventos de inegável interesse quer para especialistas e académicos, quer para leitores de guerra Junqueiro, quer ainda para quem pretenda conhecer a vida e obra deste autor”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira.
Para o autarca é “muito importante” que as comemorações não se realizem em circuito fechado, apenas para entendidos e conhecedores do poeta, mas sim sejam abertas à sociedade para uma “mais ampla” divulgação e valorização da sua obra.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta, Nuno Ferreira, frisou que associar-se a este programa é um “enorme motivo de orgulho” para esta vila, porque o escritor é uma “figura incontornável da História de Portugal”.
“Foi uma figura icónica e que representa bem a identidade de Freixo”, sublinhou.
Comentários