"São seis países presentes: Bélgica, França, Canadá e Alemanha e a Inglaterra, além de Portugal. 16 espetáculos, um deles é um concerto, num conjunto de 37 apresentações, dois ‘WIP - Work In Progress’, uma criação própria em parceria com o Balleteatro, que também faz este ano 30 anos", revelou hoje o diretor artístico do FIMP, Igor Gandra.

Na apresentação do programa, aquele responsável destacou a diversidade da programação do FIMP, distribuído por oito espaços da cidade, num total de 40 momentos de encontro com o público.

Nesta edição, o programa é percorrido por grandes questões coletivas que marcaram a história da humanidade, como é caso do espetáculo "Happy Birthday 30 + 30", uma coprodução do FIMP com o Balleteatro, da autoria de Paulo Duarte.

O diretor artístico do festival destacou ainda a estreia nacional da obra "Alecrim vs Manjerona", da autoria da Jangada Teatro, que está em cena entre 17 e 20 de outubro no Mosteiro São Bento da Vitória, bem como o espetáculo "Don't we deserve grand human projects that give us meaning?", de Robbert&Frank Frank&Robbert/Campo, que sobe à cena a 18 e 19 de outubro no auditório do Teatro do Campo Alegre.

"É uma peça onde estas questões que o título provocadoramente coloca aparecem de uma forma muitíssimo desconcertante, muito cuidada em termos visuais. […] Há um humor desconcertante, um pouco partilhado com esse universo em que os objetos assumem comportamentos inesperados, perturbadores até", salientou.

Para além destes dois locais, o FIMP decorre em mais seis espaços da cidade: nos teatros Rivoli, Carlos Alberto, Belomonte, Helena Sá e Costa, no Palácio do Bolhão, Mira - Artes Performativas e o no Teatro de Ferro.

Este ano, apontou Igor Gandra, é lançada também a quarta edição da bolsa Isabel Alves Costa, uma parceria com o Teatro Municipal do Porto e com as Comédias do Minho.

O diretor do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes, destacou o reforço da programação em ano de aniversário, saudando a "vivacidade e boa forma" do FIMP.

"Quando o FIMP se instala no nosso teatro, […] enriquece muito a programação do Teatro Municipal", disse, revelando que o orçamento do FIMP para este ano ronda os 140 mil euros, 45 mil euros dos quais comparticipados pelo Teatro Municipal do Porto e 70 mil euros pela Câmara Municipal.

A este propósito, o presidente da autarquia, Rui Moreira, garantiu hoje estar disponível para continuar a apoiar financeiramente o festival, se o evento ficar de fora das estruturas apoiadas pela Direção-Geral das Artes (DGArtes).

"Aguardamos agora que os novos apoios da DGArtes, que deverão estar prestes a serem divulgados, voltem a fazer devida justiça ao meritório percurso do FIMP, repondo assim a normalidade na relação cúmplice entre o festival, autarquia e os apoios do governo central. Mas se assim não for, nós cá estaremos", afirmou.

O autarca lembrou que o FIMP atravessou momentos difíceis, quando, em 2018, perdeu o apoio da DGArtes, o que levou o município a decidir assegurar a continuidade do festival, através da atribuição de um apoio financeiro que mantém também nesta edição.